Dia 27/10/2015
20:21
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arcos foi santo. Porém, na infância em Oriente, o que ele queria mesmo era “ser” vampiro. Na cidade, é essa a principal lembrança que todos que conviveram com ele na escola têm.

Isso porque o ex-goleiro não era fã de estudar e sua principal diversão era participar das peças, imitando seu personagem favorito: Bento Carneiro, vampiro interpretado pelo humorista Chico Anysio.

Amigos ou ex-professoras, para quem se pergunta sobre como era Marcos na escola Vitu Giorgi, a primeira resposta é sempre sobre as imitações e a bagunça que fazia.

– Marcos era muito palhaço. Ele fazia comédia, adorava participar das peças. Fazia muita imitação. Ele adorava imitar o vampiro do Chico Anysio. Estava sempre no meio da bagunça. Só lembro dele fazendo palhaçada – lembra Kátia Palácio, que deu aula de geografia para Marcos.

– Ele era muito ativo, participava muito das peças, sempre estava na bagunça. Tinha algumas indisciplinas, não era um aluno nota 10, mas era respeitador – conta Ana Pilon, professora de português e inglês.

Mesmo depois da fama, o Santo nunca esqueceu das educadoras.

– Quando ele foi para a Inglaterra, pediu para me falarem que ele lembrava das aulas de inglês e que usaria o que aprendeu lá – falou Ana.

Apesar de não gostar de estudar, o ex-goleiro nunca teve problemas com as professoras na escola.

– Marcos sempre foi muito educado, sempre achei um bom aluno. Muito gentil e muito simpático com todas as professoras – disse Kátia.
Marcos repetiu o segundo ano do ensino médio e depois deixou Oriente para jogar no Lençoense.

Bóris: parceiro na ‘fuga’ da aula

No último domingo o LANCENET! mostrou a história de Bóris, o goleiro titular de Oriente na época, que deixava Marcos no banco. Porém, a disputa era apenas em campo. Fora, eles estavam sempre na bagunça.

Os dois são amigos até hoje e Bóris lembra com carinho do tempo em que pulavam o muro da escola para jogar bola.

– A gente bagunçava muito, não gostávamos de estudar, não. Só gostávamos da merenda (risos). A gente pulava o muro para jogar bola, ir na praça, brincar... – disse.

– Marcos era inteligente, mas não gostava de estudar. O negócio dele era fazer imitação. Fazia muita bagunça, brincávamos muito de circo na escola – falou ele.

Antônia Silveira Reis - Mãe de Marcos, exclusivo ao lance!

Como era o Marcos na escola?
Ele dava seus furinhos na escola, não gostava de estudar, não. Quando ele não tinha o que fazer colocamos no Senai de Marília para ver se arranjava emprego, mas não gostava de jeito nenhum. Ele dizia para todo mundo que seria jogador, aí me chamavam para ir lá. Nas reuniões sempre falavam que ele não queria estudar, só queria saber de bola, só falava em jogar futebol.

Então a senhora teve trabalho com ele por causa da escola?
Marcos sempre foi um menino que não dava trabalho. Só dava porque não gostava de estudar. Não que não fosse inteligente, mas sempre perdia a hora, chegava em casa com chuteira, estava atrasado já. Era um menino bom, obediente, mas não gostava de estudar e sempre se atrasava.

Como foi quando ele repetiu de ano no ensino médio?
Ele chegava muito atrasado, a professora reclamava. Aí ficava pedindo para passar de ano. Queria passar, mas a professora disse que se tivesse se esforçado, ele teria passado. Acabou repetindo. A gente ficou triste, reclamamos com ele... Passa o ano todo, não estuda e repete de ano? Não é fácil isso. Depois acabou ficando do jeito que estava, saiu da cidade para jogar bola e tinha de se dedicar só ao futebol.


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