A Fifa desmentiu a representação da Nigéria em Belo Horizonte e disse que não vetou a participação da seleção daquele país em um jantar após a vitória sobre o Taiti, por 6 a 1, na noite de segunda-feira. De acordo com os organizadores do evento, a entidade máxima do futebol teria alegado motivo de segurança, por causa das manifestações que mobilizam o país, para impedir a saída dos jogadores do hotel.
- Por parte da FIFA não houve qualquer determinação para a delegação da Nigéria evitar de comparecer ao jantar em Belo Horizonte - escreveu a Fifa, em nota, após ser consultada pelo L!Net.
O jantar foi promovido pelo Instituto Yorubá, que tem por presidente o representante do governo da Nigéria em Belo Horizonte, Olúségun Akinruli. Na noite desta quarta-feira, ao saber da resposta enviada pela Fifa, ele ratificou tudo o que havia dito.
- Não vou ficar de bate-boca com a Fifa. Mas seus representantes não nos deixaram sair. Eles até nos mostraram imagens em tempo real dos protestos e alegaram motivo de segurança para impedir a saída de todos - afirmou Akinruli.
De acordo com o representante nigeriano, a medida chegou a gerar instafistação na delegação porque todos estavam prontos para sair e precisaram recorrer a lanchonetes em um shopping próximo ao hotel. Akinruli explicou que no jantar seria servido pratos da culinária brasileira, a pedido dos jogadores.
Dentre as especiarias, estava disponível feijão tropeiro, frango caipira, além de sobremesas como o doce de leite e o tradicional romeu e julieta. Cerca de 60 pessoas aguardavam os jogadores da Nigéria.
- Não vou dizer que a Fifa é vilã, porque a proibição visava a segurança dos jogadores. Talvez, eles não queiram assumir que vetaram por causa dos protestes - considerou Akinruli.
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