Dia 27/10/2015
22:44
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O jogo deste sábado contra o Linense será especial para o técnico Fernando Diniz, do Paulista de Jundiaí. Além da possibilidade de chegar, pelo segundo ano consecutivo, a uma final da Copa Paulista, ele completará cem jogos como treinador.

Fernando Diniz deu inicio a sua carreira de técnico no extinto Votoraty, time que comandou na Série A3 do Campeonato Paulista de 2009 (27 jogos), Copa Paulista de 2009 (26), Série A2 de 2010 (19) e Copa do Brasil de 2010 (4). Até aí foram 76 partidas como técnico. No Paulista desde junho, Diniz já participou de 23 jogos e acumula 12 vitórias, cinco empates e seis derrotas.

- É uma marca importante, isso mostra que, desde que eu comecei como treinador, tenho trabalhado o tempo todo. Saí do Votaraty e imediatamente vim para o Paulista - contou Diniz

Diante da situação que o Galo enfrenta, Diniz prefere não pensar nesta marca, apesar de considerá-la importante.

- Eu realmente não sabia, mas para mim isso não é o mais importante. O que vale é conseguir a classificação e jogar bem. A equipe tem chance, então a gente tem que buscar e fazer com que essa chance cresça - afirmou o comandante

Como jogador, Fernando Diniz vestiu as camisas de times como Fluminense, Flamengo, Corinthians, Palmeiras e do próprio Paulista. Segundo ele, foi como jogador que começou a se preparar para, um dia, ser técnico.

- Eu só joguei futebol para aprender a ser treinador, não que eu tivesse isso na minha cabeça quando eu jogava, pelo contrário. Eu era 100% jogador, dedicado e com muita vontade de conseguir as coisas. Só que eu pensava demais no futebol. Sempre fui um cara racional, pensava no jogo. Esse tipo de comportamento, de ser muito analítico, acabou me levando a analisar todas as coisas dentro do futebol, técnicas, táticas, físicas e até psicológicas. Essa minha vivência e esse meu perfil psicológico me fizeram, ao longo da minha carreira de jogador, me tornar um treinador - explicou.

Diniz conta que sua escola foi dentro de campo e o processo para se tornar treinador aconteceu naturalmente.

- Fui me preparando sem saber, enquanto eu jogava. O meu perfil era muito mais apropriado para treinador do que para jogador. Assim que eu comecei a carreira de técnico, percebi que aquilo que eu buscava como jogador, tinha atingido como técnico. Posso dizer que, hoje, sou muito mais feliz a cada dia - definiu o treinador.

Em sua curta carreira como treinador, Diniz já coleciona a fama de encrenqueiro. Já foi expulso várias vezes por desavenças com arbitragem e já arrumou confusão com outros treinadores. Porém, segundo ele mesmo, essa fama aconteceu por ser espontâneo e protetor.

- As expulsões denunciam essa minha postura. Algumas pessoas me dizem que fora do campo eu sou uma pessoa e, dentro, eu me transformo completamente. De fato, isso acontece. Às vezes, chego cansado para dar treino, tenho três crianças e quem tem filhos pequenos sabem como é. Daí, eu chego aqui na beira do campo e parece que some tudo. Sou tomado por uma energia que me transforma. Às vezes acabo sendo mais enérgico com algum jogador, com o juiz, mas se limita ao campo. Fora dele, volto a ser um cara normal. Tudo que eu tenho pra despejar, eu jogo no campo. Faz parte da minha personalidade - afirmou Diniz.

Mesmo tendo uma personalidade forte, Diniz afirma que a última expulsão (ele foi punido em quatro jogos pela Federação Paulista de Futebol) lhe fez mal.

- Dessa ultima vez que eu fui expulso, senti muito por estar fora do campo. Estou procurando me controlar, procuro nem chegar perto dos árbitros, porque isso é uma coisa que eu tenho que melhorar. Eu fiquei muito mal - confessou o técnico

Fernando Diniz está confiante

O técnico Fernando Diniz mostrou muita confiança no Paulista para a partida decisiva deste sábado diante do Linense, às 19h. Apesar da equipe precisar de um resultado por dois gols de diferença, o treinador acredita que o time conseguirá fazer um bom jogo.

Assim, o comandante destaca que se o Paulista conseguir fazer o seu jogo e as jogadas de ataque se encaixarem, o time pode sair de Lins com a vaga na final.

- Temos que analisar as partidas como um todo. O volume de criação. Tivemos várias chances aqui no primeiro jogo, mas as bolas não entraram. Não se pode dizer que a equipe foi mal e ponto. Criamos chances, mas a bola não entrou. Até mesmo no último minuto com o Abraão, que acertou o travessão - lembrou.

Os jogadores viajaram nesta sexta-feira para enfrentar e ficarão concentrados até momento antes da partida, realizada no Estádio Gilberto Siqueira Lopes, em Lins.

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