Dia 27/10/2015
22:05
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Um título mundial, um sul-americano, cinco brasileiros e nove estaduais. No começo da década de 90, um menino de Belo Horizonte (MG), que aos três anos aprendeu a andar de bicicleta sem rodinha, despontou como fenômeno do bicicross. Duas décadas depois, é considerado um dos atacantes mais perigosos do Brasil. Entre as pedaladas e os gols, Rafael Moura escolheu a bola e neste domingo é a esperança do Fluminense na semifinal da Taça Guanabara, às 17 horas, contra o Boavista, no Engenhão com transmissão em tempo real pelo LANCENET!.

Diante do talento do menino de seis anos sobre duas rodas, a família Moura resolveu investir na carreira do primogênito. Para comprar por R$ 3,5 mil a bicicleta de competição importada, seu Antônio Moura, pai do jogador, vendeu o som do carro e as rodas de liga leve. Os resultados começaram a aparecer com a mesma fertilidade dos gols atualmente – este ano, são cinco em três jogos. Curiosamente, He-Man não gosta muito de lembrar daqueles tempos, mas há algo do bicicross que levará para o resto da vida.

FOTOS: veja Rafael Moura na bicicross!

– Muito pequeno tive de aprender a ter disciplina. A vida de treinos era tão puxada quanto a atual – lembra.

A mudança de esporte não aconteceu como um passe de mágica. Enquanto criança, Rafael Moura se dividiu entre quatro horas de treino nas pistas e duas nas quadras de futsal. Desde muito novo, aprendeu o que era perder e vencer, alimentou dentro de si um espírito competitivo que acabou colaborando para o fim da carreira no bicicross. Ninguém da família reclamou, todos sabiam que escolha ele teria de fazer.

– Em 1994, corria pelo bicampeonato mundial e na última bateria precisava chegar em quarto para ganhar o título. Estava em segundo, quis ultrapassar o primeiro e acabei caindo. Terminei em sexto e perdi o título. Aquilo me desestimulou – recorda o atacante, sem dor na consciência por ter trocado de esporte.

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