Dia 01/03/2016
01:10
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Luiz Felipe Scolari não queria mudar a rota da Seleção para Goiânia, por interesses políticos. Menos ainda, quer interferências no trabalho no campo. Por isso que o time fez um único treino, nesta terça, no estádio Hailé Pinheiro, popularmente chamado de Serrinha.

Antes da preparação, a comissão técnica visitou os locais de trabalho e constatou que o campo, cercado de prédios, seria um problema. Previam “superexposição”, o que o técnico não gosta e o irritaria ainda mais em um treino tático fechado à imprensa. Para não ignorar o local, Felipão marcou um único treino de manhã (físico e técnico) no estádio, trocado de tarde pelo CT do Goiás, palco dos trabalhos de quarta e também de quinta.

Alguns torcedores, de fato, gritaram pelas janelas dos prédios. Um deles, ao citar o Fluminense, chamou atenção do atacante Fred.

A reforma da Serrinha custou R$ 4 milhões, sendo que cerca de R$ 2,5 milhões bancados pelo governo do estado de Goiás. A passagem do Brasil pela cidade é um acordo ainda da antiga gestão da CBF, já que Goiânia não será sede da Copa do Mundo de 2014, além de perder a Copa América de 2015, “prometida”, mas que acontecerá no Chile.

– Faria qualquer modificação necessária para ter a Seleção. Não é um treino só, é um legado para o Estado de Goiás – disse o governador Marconi Perillo, em evento na Serrinha, na última segunda-feira.

A Seleção viaja na sexta de manhã para Porto Alegre, retorna a Goiânia na segunda e já na quarta vai a Brasília. Felipão foi contra.

José Maria Marin, presidente da CBF, colocou panos quentes, ao lado do governador, no evento com caráter político de segunda.

Apesar dos muitos curiosos nos prédios e varandas no treino desta terça de manhã, cerca de 50 torcedores, barrados, vaiaram o ônibus na saída da Serrinha. Felipão mandou a avisar que quem decide sobre treinos abertos é a polícia local.


*Atualizado às 11h30

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