Dois fotógrafos estrangeiros que vieram ao Rio de Janeiro para a cobertura do Mundial de Judô tiveram equipamentos furtados no ginásio do Maracanãzinho. O francês Emmanuel Charlot, da revista francesa "L'Esprit Du Judo", e o americano Charles Medani, que trabalha como freelancer, foram vítimas quando deixaram seus pertences na tribuna de imprensa na arquibancada e na área de combate.
Furtado na segunda-feira, o americano fez o boletim de ocorrência na delegacia e foi embora do país porque ficou sem equipamento para trabalhar. Já o francês preferiu não prestar queixa, embora tenha perdido todas as fotos do primeiro dia do Mundial. Ele foi obrigado a comprar novos equipamentos para seguir trabalhando na competição.
Por conta dos dois episódios, a segurança no Maracanãzinho foi reforçada. Policiais militares são vistos circulando pelo ginásio. E mais 35 seguranças privados foram contratados pela organização.
Na quinta-feira, a entrada da sala de imprensa já havia sido trocada de local. E, nesta sexta-feira, a fim de faciliar o controle de quem entra na área de trabalho da imprensa, além da credencial do evento, todos tiveram os nomes anotados e passaram a usar uma pulseira vermelha.
A organização do Mundial de Judô lamentou o ocorrido e prestou toda a ajuda necessária para os dois fotógrafos, levando, por exemplo, o americano na delegacia.
Em fevereiro deste ano, o peruano Luis Alberto Escobar Vega foi preso em flagrante na sala de imprensa do ginásio do Ibirapuera, palco do Aberto do Brasil de Tênis. Ele tentava furtar duas máquinas fotográficas de profissionais da assessoria do evento. Também foi presa Lidi Luiz Lopez Lama, que estava do lado de fora do ginásio e trabalhava junto com Vega.
A polícia encontrou com os dois criminosos credenciais de imprensa falsificadas e pulseiras, também falsas, que dariam acesso a vários setors do Ibirapuera. Os policiais suspeitavam que ambos faziam parte de um grupo que age na capital paulista roubando fotógrafos em eventos esportivos.