Muricy iniciou a sua trajetória no Santos já refazendo planos e projeções. Ele contava com Neymar, Elano e Zé Eduardo para o decisivo jogo diante do Cerro Porteño (PAR), mas não os terá. Agora, reprojeta o que pode ser o jogo mais importante do ano. Taticamente, dá sinais que pouco deve fazer modificações, enquanto emocionalmente terá trabalho a realizar.
– Meus jogadores são muito pouco expulsos, ainda mais com a experiência que vamos adquirindo. O que eu mais converso é sobre arbitragem e como podem agir. Sou um técnico de futebol, estou preparado para todo o tipo de coisa. Conversamos bastante, pois são jogadores de Seleção Brasileira – afirmou.
Top Five: Muricy dá show de bom humor em apresentação
A ideia de Muricy, não fosse o "dia de fúria" dos santistas, era escalar pelo menos boa parte do time que venceu o Colo Colo (CHI). Ele fala em não mexer na equipe taticamente, mas vai descaracterizar o Santos logo em sua estreia pensando na "decisão" da próxima quinta-feira, em Assunção.
– Tínhamos um planejamento antes do jogo, não esperávamos perder esses jogadores, agora mudou um pouco o pensamento. Perdemos três jogadores e não podemos perder outros três. Tivemos dois clássicos seguidos, contra Palmeiras e Colo Colo, o grupo sente um pouco e alguns jogadores não vamos colocar para jogar – explicou o treinador.
Ao lado do presidente Luis Álvaro Ribeiro, Muricy garantiu que não deve fugir as características ofensivas históricas do Santos, tão exigidas pela diretoria e denominadas como "mudança de DNA" na época de Adilson. Inicialmente, Muricy não deve inovar, só adaptar a fórmula vencedora e talvez burocrática.
– Meu DNA é ganhar porque se não vão me cornetar e o presidente vai me mandar embora. No Brasil é só aliviam para quem ganha. Eu não me visto legal, então preciso ganhar. Não sei perder, não é fácil – afirmou.
Diogo, Jonathan e Arouca treinam separadamente e podem voltar. Certo é que Muricy terá desde já fazer jus ao bordão: "aqui é trabalho".