Com a presença da medalhista olímpica Isabel Swan, um grupo liderado pelo movimento Baía Viva protestou neste sábado contra a poluição das águas da Baía de Guanabara, que receberá as provas da vela na Olimpíada Rio-2016.
O ato teve como palco a própria baía. Mais de uma dúzia de veleiros, oito embarcações de pesca e outras pessoas a bordo de canoas navegaram pela Guanabara, e criticaram as más condições da água, além da ineficácia das ações governamentais em torná-la mais limpa. Durante a manifestação, o grupo tentou chamar a atenção com buzinas, apitos e palavras de ordem, como "baía viva".
Recentemente, um estudo encomendado pela agência Associated Press (AP) causou polêmica em torno do assunto. De acordo com a pesquisa, divulgada no mês passado, as águas da Baía de Guanabara, Lagoa Rodrigo de Freitas e da praia de Copacabana (todas elas receberão provas na Olimpíada Rio-2016) estão contaminadas, e apresentam alto risco de infecção para os atletas.
- Não há uma única praia na Baía de Guanabara que seja limpa - disse neste sábado o ambientalista Sergio Ricardo, que participou do ato na Baía de Guanabara.
Ricardo também reclamou das promessas do governo estadual do Rio de Janeiro, que prometeu limpar a baía em até 80% até a Rio-2016. No entanto, especialistas e críticos dizem que isto não será alcançado.
- Isso foi uma propaganda, um objetivo completamente irreal - falou Ricardo.
Entre os integrantes da manifestação estava a velejadora Isabel Swan, medalhista de bronze na vela na Olimpíada de Pequim, em 2008. Vale lembrar que, em 2009, ela foi um dos símbolos do Brasil na eleição do Comitê Olímpico Internacional (COI) na Dinamarca, que escolheu o Rio como sede dos Jogos Olímpicos. Na ocasião, Swan viajou até Copenhague como membro do comitê de candidatura da Rio-2016.
- Este é o cartão postal mai bonitos do mundo. Falta apenas uma coisa aqui: a água limpa - falou Swan, sobre a Baía de Guanabara.
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