Mais de 50 carros da polícia, soldados do choque e a cavalaria armada cercaram os manifestantes contra a Copa do Mundo em frente ao estádio Mané Garrincha. O protesto, que chegou a fugir do controle em determinados momentos, ocorre do lado de fora do palco da abertura da Copa das Confederações.
Os policiais permitiram o avanço do grupo até certo ponto e fazem uma barreira para impedir problemas com torcedores que já entram no Mané Garrincha para ver o jogo. De um lado, manifestantes cantam: "Copa do Mundo, eu abro mão. Quero dinheiro para saúde e educação!". Do outro, torcedores bebem cerveja, cantam animados e fantasiados, e fazem festa antes do jogo entre Brasil e Japão. Vários já estão dentro do estádio. A polícia admite dificuldades.
- A dificuldade é que não há liderança no movimento (dos manifestantes). São vários movimentos e eles mesmo não se entendem. Estamos aqui para garantir a segurança, em condições de usar a força necessária para que essa manifestação pacífica não se torne violenta - disse o Tenente-Coronel Zilkfrank.
Apesar das palavras, bombas já estouraram durante a manifestação, mas em pontos distantes do Mané Garrincha.
- Foi uma granada de efeito moral somente - disse o policial.
Por volta das 13h40, a cavalaria reforçou a barreira e começou a dispersar os manifestantes, que gritavam: "Sem violência!".