A estreia do Brasil nos Jogos Pan-Americanos, neste sábado, não foi das melhores. No mountain bike, Erika Gramiscelli terminou a competição na 12ª e penúltima colocação, no percurso montado na cidade de Tapalpa, a cerca de 120km de Guadalajara.
Entre as atletas que terminaram a prova, Erika foi a última a cruzar a linha de chegada, com o tempo de 1h50m43s. Jennifer Portillo, de El Salvador, abandonou e acabou em 13º. O ouro foi para a americana Heather Irmiger, com o tempo de 1h34m09s.
Após terminar a prova, Erika contou que duas coisas a atrapalharam para que seu desempenho não fosse melhor. O primeiro imprevisto aconteceu durante esta semana. Abalada por uma amidalite, a ciclista ficou dias sem treinar, e só conseguiu pedalar nesta sexta-feira, um dia antes da disputa pela medalha.
- Fui atendida pelos médicos do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), tomei antibiótico. Fiz tudo o que podia e o que não podia. Quase não competi - falou Erika.
O outro percalço foi na parte esportiva. A atleta apontou que, neste ano, ainda não havia competido internacionalmente, por causa dos custos que uma viagem ao exterior acarreta.
- Foi um ano complicado para o Brasil, não corremos fora do país. Chegamos com os "olhos vendados", não sabia como estavam minhas adversárias. Faltou um pouco de investimento nesses quatro anos de preparação. Se não for por conta do patrocinador, não viajamos - apontou Erika.
Apesar dos imprevistos, ela não demonstrou chateação com a situação e ficou contente com o resultado.
- Estou feliz demais, é uma conquista colocar uma brasileira no Pan. O país não tem tradição no mountain bike - falou a competidora, que disse ter sofrido com a altitude de mais de 2 mil metros em Tapalpa.