Dia 27/10/2015
14:36
Atualizado em 01/03/2016
04:29
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Um cara de família. Assim os jogadores do Chicago Bulls se referem ao companheiro Carlos Boozer. Aos 31 anos, o ala-pivô americano, que está no Rio de Janeiro para a disputa do primeiro jogo da NBA no Brasil, neste sábado, contra o Washington Wizards, na HSBC Arena, conversou com o LANCE!Net sobre o drama vivido entre 2004 e 2007: a doença do seu primeiro filho, salvo após doação de células-tronco do irmão recém-nascido.

– Foi duro lidar com esse problema. Eu e minha mulher tivemos de procurar médicos que pudessem nos ajudar. Hoje, meu filho está saudável e pratica diversos esportes como futebol americano, futebol, basquete – afirmou Boozer.

Em 2004, após se transferir do Cleveland Cavaliers para o Utah Jazz, Boozer e sua então mulher, Cece, descobriram, após exames, que seu filho nasceria com anemia falciforme, doença que atinge os glóbulos vermelhos no sangue e impede o correto transporte do oxigênio para os órgãos do corpo.

Carmani nasceu no dia 31 de maio de 2006. Com dois meses, os médicos deram outra notícia ruim: para sobreviver, ele precisaria de transplante de medula óssea. As chances de sobrevida eram grandes, mas Boozer e Cece não encontraram doadores compatíveis na família.

O ideal, segundo os médicos, seria uma doação vinda de um irmão. Mas Carmani era filho único. A solução? Boozer e Cece procuraram uma clínica de fertilização. Após a inseminação artificial de dois embriões saudáveis, nasceram, em julho de 2007, os gêmeos Cameron e Cayden.

Em seguida, os médicos colheram células-tronco dos cordões umbilicais de Cameron para o transplante. Um mês e meio depois, Carmani, que passou por tratamento de quimioterapia, recebeu as células. Hoje, Boozer está separado de Cece, mas o filho, com sete anos de idade, trouxe lições de vida inesquecíveis.

– Aprendi como a vida pode ser frágil. Num momento, você recebe a feliz notícia de que vai ser pai. No outro, é informado de que ele está doente. Agradeço a Deus por termos encontrado um médico que pôde nos ajudar. Faz você prezar mais pela vida – disse Boozer que, por ser uma pessoa religiosa, quer visitar o Cristo e agradecer pela saúde dos filhos.

Nascimento em base militar na Alemanha e infância no Alaska

Filho de militar, Carlos Boozer nasceu numa base americana em Aschaffenburg, na Alemanha. Mas o jogador do Chicago Bulls só permaneceu no local por oito meses, quando seu pai voltou para Washington, nos Estados Unidos.

Aos 9 anos, nova mudança. Boozer foi morar num dos lugares mais gelados do planeta: o Alaska, também nos EUA. A cidade escolhida por sua família foi Juneau.

– Foi incrível morar lá. É um luga muito bonito. O clima, como todos sabem, é bem frio, mas é divertido fazer caminhadas, acampar, ir pescar, escalar montanhas. São coisas que, normalmente, não fazemos numa cidade grande. Abri meus olhos para uma vida totalmente diferente – afirmou.

No Alaska, Boozer deu os primeiros arremessos com a bola laranja. Primeiro, com o pai. Depois, na Juneau-Douglas High School.

– Mas como não poderia deixar de ser, o esporte número um no Alaska é o hóquei no gelo – disse ele, draftado em 2002 pelo Cleveland Cavaliers na segunda rodada.


BATE-BOLA:

Carlos Boozer
Ala-pivô do Chicago Bulls, em entrevista ao LANCE!Net

Sua história e do seus filhos daria um belo roteiro de filme, não?
O que aconteceu parece realmente coisa de filme. O sangue do Cameron está nas veias do irmão. É incrível. Carmani tem de agradecer pelo resto da vida por seu irmão ter salvado sua vida.

Essa é a sua primeira vez no Brasil. O que está achando do Rio?
Fomos a um restaurante (na noite de quarta) e comemos uma boa comida. O Rio é muito bonito, tem as praias. Nesta sexta, acho que vamos visitar alguns lugares. Quero aprender palavras em português.

Essa é a primeira vez da NBA no Brasil. E o Bulls é muito famoso por aqui por causa do Michael Jordan...
O que o Jordan fez pelo Bulls nos anos 90 foi inacreditável. Temos fãs em todos os lugares. Fico feliz de saber que isso se repete no Brasil. É uma honra fazer parte do primeiro jogo da NBA no Brasil.

Quais suas expectativas para a temporada? É possível derrotar o Miami Heat nos playoffs?
Temos um grande time e todos estão famintos para vencer. Miami é um rival difícil e estamos ansiosos para enfrentá-los e esperamos estar aptos para o desafio. Eles representaram a Conferência Leste na final das três últimas temporadas, ganhando as duas últimas. Queremos passar pelo Miami.

Vocês terão o retorno do Derrick Rose, recuperado de lesão...
Sentimos sua falta. Ele traz velocidade para o jogo e pontua muito.

Um cara de família. Assim os jogadores do Chicago Bulls se referem ao companheiro Carlos Boozer. Aos 31 anos, o ala-pivô americano, que está no Rio de Janeiro para a disputa do primeiro jogo da NBA no Brasil, neste sábado, contra o Washington Wizards, na HSBC Arena, conversou com o LANCE!Net sobre o drama vivido entre 2004 e 2007: a doença do seu primeiro filho, salvo após doação de células-tronco do irmão recém-nascido.

– Foi duro lidar com esse problema. Eu e minha mulher tivemos de procurar médicos que pudessem nos ajudar. Hoje, meu filho está saudável e pratica diversos esportes como futebol americano, futebol, basquete – afirmou Boozer.

Em 2004, após se transferir do Cleveland Cavaliers para o Utah Jazz, Boozer e sua então mulher, Cece, descobriram, após exames, que seu filho nasceria com anemia falciforme, doença que atinge os glóbulos vermelhos no sangue e impede o correto transporte do oxigênio para os órgãos do corpo.

Carmani nasceu no dia 31 de maio de 2006. Com dois meses, os médicos deram outra notícia ruim: para sobreviver, ele precisaria de transplante de medula óssea. As chances de sobrevida eram grandes, mas Boozer e Cece não encontraram doadores compatíveis na família.

O ideal, segundo os médicos, seria uma doação vinda de um irmão. Mas Carmani era filho único. A solução? Boozer e Cece procuraram uma clínica de fertilização. Após a inseminação artificial de dois embriões saudáveis, nasceram, em julho de 2007, os gêmeos Cameron e Cayden.

Em seguida, os médicos colheram células-tronco dos cordões umbilicais de Cameron para o transplante. Um mês e meio depois, Carmani, que passou por tratamento de quimioterapia, recebeu as células. Hoje, Boozer está separado de Cece, mas o filho, com sete anos de idade, trouxe lições de vida inesquecíveis.

– Aprendi como a vida pode ser frágil. Num momento, você recebe a feliz notícia de que vai ser pai. No outro, é informado de que ele está doente. Agradeço a Deus por termos encontrado um médico que pôde nos ajudar. Faz você prezar mais pela vida – disse Boozer que, por ser uma pessoa religiosa, quer visitar o Cristo e agradecer pela saúde dos filhos.

Nascimento em base militar na Alemanha e infância no Alaska

Filho de militar, Carlos Boozer nasceu numa base americana em Aschaffenburg, na Alemanha. Mas o jogador do Chicago Bulls só permaneceu no local por oito meses, quando seu pai voltou para Washington, nos Estados Unidos.

Aos 9 anos, nova mudança. Boozer foi morar num dos lugares mais gelados do planeta: o Alaska, também nos EUA. A cidade escolhida por sua família foi Juneau.

– Foi incrível morar lá. É um luga muito bonito. O clima, como todos sabem, é bem frio, mas é divertido fazer caminhadas, acampar, ir pescar, escalar montanhas. São coisas que, normalmente, não fazemos numa cidade grande. Abri meus olhos para uma vida totalmente diferente – afirmou.

No Alaska, Boozer deu os primeiros arremessos com a bola laranja. Primeiro, com o pai. Depois, na Juneau-Douglas High School.

– Mas como não poderia deixar de ser, o esporte número um no Alaska é o hóquei no gelo – disse ele, draftado em 2002 pelo Cleveland Cavaliers na segunda rodada.


BATE-BOLA:

Carlos Boozer
Ala-pivô do Chicago Bulls, em entrevista ao LANCE!Net

Sua história e do seus filhos daria um belo roteiro de filme, não?
O que aconteceu parece realmente coisa de filme. O sangue do Cameron está nas veias do irmão. É incrível. Carmani tem de agradecer pelo resto da vida por seu irmão ter salvado sua vida.

Essa é a sua primeira vez no Brasil. O que está achando do Rio?
Fomos a um restaurante (na noite de quarta) e comemos uma boa comida. O Rio é muito bonito, tem as praias. Nesta sexta, acho que vamos visitar alguns lugares. Quero aprender palavras em português.

Essa é a primeira vez da NBA no Brasil. E o Bulls é muito famoso por aqui por causa do Michael Jordan...
O que o Jordan fez pelo Bulls nos anos 90 foi inacreditável. Temos fãs em todos os lugares. Fico feliz de saber que isso se repete no Brasil. É uma honra fazer parte do primeiro jogo da NBA no Brasil.

Quais suas expectativas para a temporada? É possível derrotar o Miami Heat nos playoffs?
Temos um grande time e todos estão famintos para vencer. Miami é um rival difícil e estamos ansiosos para enfrentá-los e esperamos estar aptos para o desafio. Eles representaram a Conferência Leste na final das três últimas temporadas, ganhando as duas últimas. Queremos passar pelo Miami.

Vocês terão o retorno do Derrick Rose, recuperado de lesão...
Sentimos sua falta. Ele traz velocidade para o jogo e pontua muito.

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