A medalha de bronze conseguida por João Luiz Júnior nos 100m peito da Universíade de Shenzhen (CHN) teve um gosto de triunfo. Após recebê-la no pódio, caminhou até a piscina e a mergulhou rapidamente na água. Segundo ele, um ritual, que sempre empenha, para agradecer a todos os envolvidos em suas conquistas.
Na última terça-feira, ao completar a prova em 1m00s78, atrás do lituano Giedrus Titenis (ouro) e do neozelandês Glenn Snyders (prata) e tendo o compatriota Felipe Lima em quarto (1m00s86), agradeceu por não ter deixado a natação. Detalhe: João nadou na raia oito, após fazer um tempo aquém do que esperava na eliminatória.
João ficou fora do Mundial de Xangai (CHN), realizado no mês passado, por não conseguir índice nos 50m e 100m peito. Nadador que vinha em ascensão nos últimos anos, tendo até disputado a final dos 50m peito no Mundial de Roma-2009, aquilo foi como uma gota d'água.
- Depois do Troféu Maria Lenk (em maio, última seletiva para Xangai), pensei até em desistir de nadar. Foi um baque não ir ao Mundial. Mas, um tempo depois, vi que ainda tenho tempo e objetivos, e me apeguei a isso - afirmou.
João conta que, hoje, está refeito do baque e desconsiderou a aposentadoria. O foco já está direcionado para os Jogos Olímpicos de Londres, para os quais espera estar classificado. Os índices ainda não foram divulgados pela Confederação Brasileira (CBDA). Para alguém que há pouco pensei em fazer outra coisa da vida, porém, pouco importa. A meta está mais do que clara.
- Esta medalha nos 100m peito foi para lavar minha alma. Ela veio para me lembrar que eu posso nadar em alto nível, e brigar por uma final e uma medalha olímpica.
* O editor viaja a convite da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU)