Nos últimos três dias de disputas por medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, Brasil e Cuba deverão fazer um duelo bastante particular para ver quem será o terceiro melhor país em ouros conquistados.
Até a manhã desta sexta-feira, o time verde e amarelo estava na frente neste embate, com 34 láureas douradas. Cuba vinha logo atrás, com 26.
O que faz os cubanos se tornarem uma real ameaça à terceira posição do Brasil no quadro oficial de medalhas dos Jogos Pan-Americanos - que tem como principal critério justamente a quantidade de vitórias - são as disputas das finais do boxe.
Potência mundial da modalidade, os caribenhos colocaram pugilistas em todas as dez finais masculinas. Os combates válidos pelos títulos serão entre esta sexta-feira e sábado. Uma das atrações entre os finalistas é Erislandy Savón, sobrinho do lendário Félix Savón, tricampeão olímpico nos pesos pesados nos Jogos de Barcelona-1992, Atlanta-1996 e Sydney-2000.
Também contribui para esta ameaça o desempenho cubano no atletismo. Apenas nesta sexta-feira, o time disputará seis finais. Foi nesta modalidade que Cuba conquistou o maior número de medalhas na última edição do Pan, em Guadalajara. Foram 33 no total. Em Toronto, competirá nesta sexta-feira o triplista Pedro Pichardo, líder do ranking mundial e favorito ao título na prova.
Já o Brasil se agarra aos esportes coletivos para não ser ultrapassado pelos compatriotas de Fidel Castro. A delegação brasileira já se garantiu nas finais femininas do handebol, vôlei e futebol. Entre os homens, o país também lutará pelo ouro no handebol, e pode se classificar nesta sexta-feira também no vôlei e no basquete.
Cuba vê esporte regredir e despenca no Pan
Em termos gerais, Cuba não tem muito o que comemorar nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Nas últimas 11 edições dos jogos, a ilha ficou em segundo lugar no quadro de medalhas dez vezes, e liderou a tabela quando competiu em casa, em Havana, em 1991. A sequência vinha desde 1971, quando o Pan foi realizado em Cáli, na Colômbia. Mas, desta vez, a campanha não será repetida.
O máximo que a equipe cubana poderá chegar é o terceiro lugar, posição ocupada pelo Brasil. A segunda posição, neste momento nas mãos do Canadá, não poderá mais ser alcançada. Os donos da casa ganharam 69 medalhas de ouro em Toronto até a manhã desta sexta-feira. Os Estados Unidos lideram a tabela, com 83.
Apesar de ainda ter chances de passar o Brasil, Cuba também pode ser ultrapassada. Eles estão empatados com a Colômbia em número de medalhas de ouro (26), e só estão à frente por terem mais pratas (20 a 11).