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Bellini, símbolo do futebol

Fluminense perde para o Horizonte, no Ceará (Foto: Kid Junior/Photocamera)
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O desaparecimento dos nossos primeiros campeões mundiais, passados quase 56 anos da façanha na Suécia, infelizmente é natural. Apenas sete dos 22 protagonistas ainda estão entre nós: Dino Sani, Zito, Moacir, Mazzola, Pelé, Zagallo e Pepe. Sim, pois ontem mais um saiu da vida para entrar na história: o ex-zagueiro Bellini, um símbolo do futebol brasileiro desde que ergueu a Jules Rimet, no velho Estádio Rasunda, em Estocolmo, na tarde de 29 de junho de 1958, após a vitória de 5 a 2 sobre os anfitriões.

Hideraldo Luis Bellini nasceu em Itapira, interior de São Paulo, em 7 de junho de 1930, e passou pelo Itapirense local e o Sãojoanense, de São João da Boa Vista, quase divisa com Minas Gerais, de onde saiu para testes no Vasco, no qual começou efetivamente a construir a brilhante carreira. Destacou-se sobretudo pelo sentido de colocação e o vigor físico, se encaixando no que se chamava de zagueiro rebatedor. E não fez fama apenas pelo futebol, mas por ser considerado pelas mulheres um autêntico galã, comparado, queiram crer, ao ator francês Alain Dellon e ao músico Tom Jobim.

Em São Januário, foi campeão carioca logo em seu primeiro ano, 1952, quando o clube iniciava a reformulação do chamado "Expresso da Vitória". Ganhou ainda o títulos de 1956, antes de ganhar sua primeira chance na Seleção, pela qual estreou em 13 de abril de 1957, em Lima, no primeiro jogo contra o Peru, pelas Eliminatórias para a Copa de 1958, que acabou empatado por 1 a 1. Após a conquista na Suécia, voltou a ser campeão no Vasco, do Carioca e do Rio-São Paulo. E vestiu a camisa verde e amarela outras 57 vezes, até 15 de julho de 1966, na derrota de 3 a 1 para a Hungria, na Copa da Inglaterra. Pela Seleção, ganhou, além do bi mundial de 1958 e 1962, a Copa Roca em 1957 e 1960, a Taça Oswaldo Cruz em 1958, 1961 e 1962, a Taça Bernardo O'Higgins em 1959 e a Taça do Atlântico em 1960.

Trocou o Vasco pelo São Paulo em 1963, e permaneceu no Tricolor até 1968, numa época de vacas magras no Morumbi, daí não ter conquistado títulos pelo clube. Ainda jogou no Atlético-PR até 1970, ganhando o campeonato local naquele ano, ao lado de outro veterano de 1958, o lateral Djalma Santos. Bellini desaparece, mas segue fazendo parte da geração que foi a responsável por abrir definitivamente as portas do exterior para os craques brasileiros, e mais ainda, da turma que ajudou a pôr o Brasil literalmente no mapa do mundo. Que descanse em paz.