Na tarde desta quarta-feira, houve a primeira reunião entre os comandos da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, da Brigada Militar e os presidentes da dupla Gre-Nal para tratar da possibilidade da retirada do policiamento militar da parte interna dos estádios – não somente em Porto Alegre, mas em todo o estado. Outros encontros deverão ocorrer.
A intenção é que a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) pague as horas extras dos policiais envolvidos na segurança dos jogos. A Segurança Pública deve apresentar ainda este mês aos clubes e à FGF a planilha de custos. O assunto promete trazer polêmica, já que o presidente da FGF, Fracisco Novelletto, já afirmou ser contrário a possibilidade que, segundo ele, inviabiliza o futebol gaúcho.
Participaram da reunião na sede da Secretaria de Segurança Pública o secretário de Segurança do Estado, Airton Michels, o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes e os presidentes de Inter e Grêmio, Giovanni Luigi e Fábio Koff, respectivamente.
O encontro estava previsto desde o episódio que discutiu o Gre-Nal com torcida única, proposto pela Brigada Militar. Na ocasião, o comando da Brigada Militar levantou o debate apresentando o argumento de que R$ 5 milhões de recursos são investidos por ano, em média, nas seguranças dos jogos – um evento privado.
Conforme levantamento apresentado pela Brigada Militar, são 300 policiais envolvidos em jogos com mais de 30 mil torcedores, 150 em partidas com até 30 mil e 100 em jogos com até 10 mil de público.