Habilidade, visão de jogo e domínio de bola: esses são os pré-requisitos para um atleta desempenhar a função de apoiador. Nos últimos anos, meias com essas qualidades passaram pelo Atlético. Nenhum deu certo. Agora, chegou a vez de Daniel Carvalho ter uma chance com a camisa do Galo.
Jogador do clube alvinegro desde maio da temporada anterior, Daniel nunca teve uma grande sequência de jogos pelo Atlético. A maior série de participações do meia, na condição de titular, foram sete confrontos. Após a chegada de Cuca à Cidade do Galo, o meia soma dois duelos entre os titulares.
Em uma nova oportunidade na equipe, Daniel não quer desperdiçar. O jogador reconhece que não vinha bem há muito tempo. No entanto, o apoiador tem uma explicação para o período complicado.
– Não vinha bem, porque há um ano e meio, o Atlético não apresentava um grande futebol. Hoje, o jogador entra no time e dá para ver que é fácil jogar futebol. Porque estamos em um bom momento. Quando está numa fase ruim, é complicado entrar. Eu sempre entrei em momentos delicados. Então, eu nunca fiz milagre, nunca consegui fazer a diferença. Quando está todo mundo na mesma sintonia, fica muito mais fácil jogar futebol – explicou o meia-atacante.
Sem muitas chances com o antigo treinador do Galo, Dorival Júnior, o armador não atribui a má fase ao gelo aplicado por seu ex-comandante. Daniel Carvalho prefere assumir a responsabilidade pelo mau momento que teve defendendo a camisa do time alvinegro.
– Não coloco a culpa no treinador. Independente da comissão técnica, eu tive oportunidade. Eu tive alguns momentos bons com o Dorival. Hoje, eu vivo uma boa fase com o Cuca. Jamais colocarei a culpa de meu rendimento estar abaixo da média em um treinador. Vivo bons momentos com um treinador e até mesmo ruins, mas não coloco a culpa no treinador. Tenho de assumir. A culpa é minha, não do técnico.
Será que Daniel Carvalho é a grande solução para o setor de criação do Atlético? Qualidade, ele já demonstrou, falta dar sequência.