Para quem estava descontextualizado, o abraço da foto abaixo seria apenas uma comemoração entre dois dos principais jogadores da seleção argentina. Porém, o momento de reunião entre Tevez e Messi, após a classificação para a semifinal da Copa América contra a Colômbia, nos pênaltis, significa bem mais: a paz. Durante a disputa, aliás, eles ficaram durante um bom tempo lado a lado, também abraçados.
Depois da última Copa América, em que a Argentina foi eliminada em casa contra o Uruguai, com Tevez desperdiçando a sua cobrança na disputa de pênaltis, o novo atacante do Boca Juniors foi afastado. Nunca houve uma explicação convincente. Porém, grande parte da imprensa argentina sempre bancou que tratava-se de uma imposição de Messi, principal jogador e dono da braçadeira de capitão.
O craque do Barcelona nunca confirmou tal informação. Sempre disse que o relacionamento era profissional, que se davam bem fora de campo. Porém, ao lado de alguns outros jogadores, Messi lideraria um movimento para afastar Tevez.
Sem ser titular absoluto lá atrás, na época da Copa América de 2011, já que a concorrência é dura com Agüero e Higuaín, Tevez estaria causando problemas no banco de reservas. Na situação de suplente, mais criava problemas do que resolvia. Mas apesar das enormes especulações, Tevez também sempre fez questão de rechaçar isso.
– Não sei de onde tiram essas histórias. A verdade é que estive com ele em jogos e treinos, sem qualquer tipo de discussão. É uma pessoa deliciosa de se conviver, bastante educada – disse Tevez no ano passado ao "Crónica".
Chegou a Copa do Mundo do ano passado, e Tevez ficou de fora. A Argentina foi vice-campeã, e então Gerardo Martino substituiu Alejandro Sabella. Tava disse que nunca soube de interferências para convocações, e voltou a chamar Carlitos.
- Com o começo de um novo ciclo na seleção argentina, o técnico chama outros jogadores. Mas Sabella fez um grande trabalho de grupo. Tevez e Messi são totalmente compatíveis dentro de campo - disse Tata quando confirmou o retorno do ex-jogador do Corinthians à seleção.
Ainda não conseguiu barrar Agüero, e também não foi brilhante em seu retorno. E agora com 31 anos e de volta ao time do coração, parece ter se conformado com o banco.
– É impossível jogar nessa equipe. Estando fora também aproveita, porque esse time joga muito bem – disse depois do jogo contra a Colômbia em Viña del Mar.
Por tudo isso, o abraço nessa imagem é tão importante. A garantia da boa relação entre os ídolos.