Tênis

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Diretor rechaça acusação de sexismo na programação de Wimbledon: ‘Juízo pessoal’

Estudo do The Times mostra que proporção é de 6 em 10 jogos do masculino, diretor diz que tratamento é igualitário

(Foto: ADRIAN DENNIS / AFP)
Escrito por

O diretor geral do torneio de Wimbledon, Richard Lewis, concedeu uma entrevista ao jornal britânico The Times e rechaçou as acusações de que ele e sua equipe praticam 'sexismo' ao organizar diariamente a programação de jogos do torneio.

Há alguns anos, de modo crescente, fãs de tênis e a imprensa mundial têm destacado o fato de que poucos jogos femininos fazem parte da programação das duas principais quadras do complexo de All England Club, a Central e a Quadra 1.

Em 2016, inclusive, a News.com.au da Austrália fez um comparativo com o Grand Slam australiano e concluiu que as duas principais quadras do complexo de Melbourne Park recebe o dobro de partida das britânicas, no caso da chave feminina.
No Australian Open, assim como no US Open, as organizações trabalham com 'regras internas' para a escalação de jogos do feminino, inclusive em favor das televisões do mundo todo, já que os jogos femininos se decidem em melhor de três sets, o que encurta tempo de jogos e torna possível a programação e divulgação de horários para jogos - como as rodadas noturnas, existentes apenas nestes dois Slams.

"Pra mim, a política que temos é correta", iniciou sua fala ao The Times Lewis. "Tentamos avaliar as partidas por seus próprios méritos. No ano passado tivemos no mesmo dia [Roger] Federer, [Rafael] Nadal, [Novak] Djokovic e [Andy] Murray, assim como [Angelique] Kerber, [Garbiñe] Muguruza, [Johanna] Konta e Venus [Williams]. São ótimos jogos, mas tudo é uma questão de juízo pessoal", destacou.

"São muitas as variáveis [para a decisão]. Contra quem o atleta jogou nas rodadas anteriores, contra quem pode jogar se avançar e também analisamos o histórico de sua carreira. Acho muito interessante essa acusação de sexismo porque Lleyton Hewitt, ex-número 1 do mundo e campeão de Wimbledon [2002] jogou muitas vezes na Quadra 2 e nunca se queixou", ressaltou o diretor de Wimbledon.
O jornal britânico realizou um estudo, com as programações das duas principais quadras de Wimbledon a partir de 1993 e concluiu que 61% de todos os jogos realizados eram da chave masculina em detrimento de 39% do feminino.