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Dunga diz que não quer ser ‘paizão’ e nem ter razão: ‘Queremos ganhar’

Técnico abre seminário da CBF sobre futebol e fala sobre trabalho na Seleção

Conte e Dunga em evento na CBF (Foto: Igor Siqueira)
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- Não queremos ter razão, queremos ganhar.

Essa foi a frase de efeito com a qual Dunga abriu a palestra dele nesta segunda-feira, no seminário Somos Futebol - Semana de Evolução do Futebol Brasileiro, promovido pela CBF.

Foi a forma que o treinador encontrou para dizer que está aberto a sugestões sobre os rumos do futebol brasileiro. Dunga falou por cerca de 30 minutos, antecedendo o técnico da seleção italiana, Antonio Conte.

No papo que teve como audiência treinadores, dirigentes, jornalistas e outras pessoas ligadas ao futebol, Dunga explicou um pouco a filosofia implantada na Seleção Brasileira. E o treinador fez questão de ressaltar que não adota o papel de "paizão".

- Quem tem que ser pai é em casa. Tenho que cobrar atitude, respeito, profissionalismo. Mas isso não exclui o contato humano. Eu tenho que respeitar, tratar bem, entender que ele tem problema, mas tem que ter acima de tudo profissionalismo. Temos que tratar eles como homens - disse Dunga.

O técnico ainda citou o exemplo de jogadores que aceitam, enquanto estão na Europa, fazer rodízio, ficar algumas vezes no banco e não aceitam esse mesmo tipo de situação quando chegam ao Brasil.

- É por culpa nossa, que vamos tratar ele com uma certa paternidade. É uma das coisas que temos que refletir, para o crescimento do futebol brasileiro.

Dunga ainda criticou a articulação para que a Primeira Liga entre no calendário nacional sem que haja um ajuste com os Estaduais.

- Reclamamos do calendário, de tudo sempre. Reclamamos do número de partidas... Buscamos férias, treinamento. Queremos menos partidas. E aí, para minha a surpresa, botamos um outro campeonato em cima. Queremos diminuir o número de partidas, para ter qualidade preparação. Não sou contra a liga, mas se debatemos para ter menos partidas, tem que tirar outro campeonato. Temos que ter menos partidas. É tiro no pé, porque se trabalhei para enxugar, por que vou aumentar? Para ganhar, um lado tem que perder - disse o treinador, que ainda buscou uma justificativa para o desempenho irregular da Seleção Brasileira nas Eliminatórias.

- Dos 35 jogadores que estou trazendo para a Eliminatória, só três jogaram. Daniel Alves, Miranda e Filipe Luis. É outro estilo, forma de jogar. Solução para hoje não tem. Tem que ter trabalho. Parece que sempre nos classificamos com tranquilidade. Não foi assim - emendou o treinador da Seleção.