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Ancelotti e Seleção Brasileira: confira os capítulos da novela que chegou ao fim

Treinador italiano era desejo da CBF para a Seleção Brasileira, mas renovou contrato com o Real Madrid até 2026

Em 2019, Ancelotti foi eleito um dos dez maiores treinadores da história pela France Football (Foto: Cristina Quicler / AFP)
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O caso de Carlo Ancelotti com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) chegou a um final triste para os brasileiros e feliz para os torcedores do Real Madrid. O técnico italiano teve sua renovação de contrato anunciada pelo clube espanhol na manhã desta sexta-feira (29), e não assumirá a Seleção Brasileira, como era esperado pela entidade máxima do futebol nacional.

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A novela "Ancelotti na Seleção" começou a partir da saída de Tite, após a Copa do Mundo. Entre sinais verdes para negociações e negação de qualquer vínculo, os capítulos seguintes foram repletos de suspense e mistério, gerando ansiedade nas partes. Mas o encerramento não foi como a CBF sonhava, sem o casamento dos protagonistas episódio final. Para quem perdeu algum capítulo, o Lance! reprisa aqui os principais momentos dessa história.

📺 CAPÍTULO 1: O COMEÇO DO NAMORO
O primeiro flerte teve início no começo de 2023, após o desligamento de Tite por conta da eliminação na Copa do Mundo do ano anterior. Diversos nomes foram listados pela CBF, mas o italiano ganhou força por ter vínculo se encerrando em 2024. O primeiro prazo para a escolha era o amistoso contra o Marrocos; sem conseguir respostas, o Brasil entrou em campo com Ramon Menezes na área técnica de forma interina, e foi derrotado por 2 a 1.

Com isso, o então presidente da CBF Ednaldo Rodrigues agiu, e recebeu sinal verde de Ancelotti para a abertura das negociações no fim de março. Porém, quando foi questionado sobre o assunto, no mês seguinte, o Carlo Ancelotti desconversou e disse que estava focado apenas em cumprir seu contrato na Espanha.

Ancelotti tem três títulos do Mundial de Clubes em seu currículo (Foto: PIERRE-PHILIPPE MARCOU / AFP)

- Sim, acredito que o presidente (Florentino Pérez) queira que eu continue no clube. Ele sempre foi muito carinhoso comigo, o clube também é muito tranquilo e sempre recebi carinho de todos. Temos que olhar para a frente, creio que estaremos aqui na próxima temporada sem dúvida. Vamos respeitar o nosso contrato - disse o técnico.

📺 CAPÍTULO 2: CERIMÔNIAS ADIADAS
Ednaldo, então, fez viagens à Europa para dar sequência às tratativas e começou a colocar novos prazos para a definição. Inicialmente, a Seleção teria treinador até o dia 25 de maio, data que cercava jogos decisivos do Real Madrid na Copa do Rei e na Champions League. Apesar do título nacional, os merengues foram goleados na semifinal da competição continental pelo Manchester City, e Ancelotti bateu o pé pela continuidade do trabalho.

A corda seria esticada pela CBF até 30 de junho, fim do primeiro semestre do ano. Mais jogos sem treinador trouxeram desconfiança sobre o Brasil: a derrota para Senegal, por 4 a 2, deixou marcas e dividiu opiniões sobre esperar "Carletto" até 2024 ou acelerar por outros nomes.

📺 CAPÍTULO 3: UM NOVO CASO
No dia 4 de julho, a aguardada resposta viria: Fernando Diniz, do Fluminense, foi escolhido como técnico interino. Ancelotti, por outro lado, teria concordado em finalizar contrato com o Real e deixar o Velho Continente rumo à Seleção a partir da Copa América de 2024. A notícia, porém, não chegou bem na Espanha: apesar da veemência no anúncio, a imprensa local afirmou não haver nada certo pelo lado merengue.

Depois de ser amplamente questionado durante coletivas sobre o assunto Brasil, Ancelotti se enfureceu e prometeu não responder mais perguntas sobre a possível chegada.

- Nunca vou falar do Brasil, do que vai acontecer. Sou treinador do Real Madrid e vou ficar. Não vou mais falar desse assunto. Tenho um contrato e vou cumpri-lo. Renovar? Não tenho pressa, tenho total confiança neste clube, vamos ver o que acontece nesta temporada - afirmou, durante pré-temporada nos Estados Unidos.

📺 CAPÍTULO 4: A CERTEZA DO CASAMENTO
Em visita à Universidade de Parma, em outubro, Carlo recebeu o título de Doutor Honoris Causa em Ciências e Técnicas de Atividades Motoras Preventivas e Adaptadas. Porém, ao introduzi-lo, o reitor Paolo Andrei chegou a entregar o acerto do italiano com a Seleção. O vídeo viralizou nas redes sociais entre os brasileiros, levando a uma certa euforia.

- Em 2024, Carlo Ancelotti passará por uma aventura extraordinária que é apenas um sonho para muitos treinadores: treinar o Brasil. É o primeiro estrangeiro nos últimos 60 anos a dirigir a Seleção, o quarto em toda a história. A admiração que sentimos por ele é generalizada e vai além de qualquer lugar ou time. Será o último prêmio que Carlo entregará - afirmou Paolo.

Jornais europeus, diante da indefinição, começaram a traçar nomes que poderiam assumir o cargo de treinador em Madrid. Xabi Alonso, destaque da temporada no Velho Continente com o Bayer Leverkusen, ganhou força pela trajetória como jogador merengue; o retorno de Zidane era tratado como possível, além das efetivações de Raúl González e Álvaro Arbeloa, dupla que comanda as categorias de base do Real.

📺 CAPÍTULO 5: O RELACIONAMENTO FRUSTRADO
Na manhã desta sexta, porém, o Real Madrid foi na contramão dos desejos da CBF e divulgou a renovação do contrato de Carlo Ancelotti até o fim do primeiro semestre de 2026, estendendo o vínculo atual por dois anos. O desejo, manifestado pelo italiano em todas as oportunidades, era a permanência em Madrid, e foi realizado.

A CBF, por outro lado, perdeu a melhor oportunidade possível de usar a chegada do treinador como uma cortina de fumaça. Vale lembrar que Ednaldo Rodrigues foi retirado da presidência da CBF pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) no começo de dezembro; o órgão alegou que o Termo de Ajustamento de Conduta, assinado entre o Ministério Público do Rio de Janeiro e a CBF em sua eleição, é ilegal.

📺 CAPÍTULO 6: DE VOLTA À PISTA
Sem Ancelotti, a confederação precisará voltar ao mercado em busca de nomes para o cargo. Entre os brasileiros, a efetivação de Fernando Diniz parece ter maior probabilidade de acontecer; Dorival Júnior e Renato Gaúcho chegaram a ser lembrados por torcedores, mas atualmente estão distantes de qualquer conversa.

Já em relação aos estrangeiros, o nome de Abel Ferreira foi muito pedido durante o ano; Jorge Jesus chegou a ganhar força em janeiro, mas o trabalho inquestionável com o Al-Hilal na Arábia Saudita em 2023-24 anulou as chances momentaneamente.

Olhando para a Europa, Zinédine Zidane está livre no mercado há anos e pode ser uma das opções. José Mourinho, em panorama semelhante ao de Ancelotti, tem contrato com a Roma expirando em junho de 2024, e muitos brasileiros foram às redes sociais após o anúncio do Real Madrid para pedir sua chegada.