O São Paulo encerra o ano em meio a uma série de questões preocupantes. A goleada por 6 a 0 sofrida para o Fluminense, comandado pelo ex-treinador Luis Zubeldía, expôs um problema que começou muito antes da atuação apática no Maracanã. O Tricolor entrou em campo com 13 jogadores lesionados, além de dois suspensos.
Nas últimas semanas, praticamente não houve um período sem novas baixas. Às vésperas do duelo contra o Flu, Luciano se tornou mais um desfalque, mesmo sendo um dos poucos que não havia apresentado problemas físicos ao longo da temporada.
Os números chamam atenção. Somando todas as lesões registradas em 2025, o São Paulo chegou a 70 casos, número superior ao total de partidas disputadas no ano, que foi de 64 jogos oficiais.
Considerando o elenco principal e os jovens de Cotia integrados ao profissional, apenas dez jogadores não passaram pelo departamento médico em 2025. São eles: Bobadilla, Felipe Preis, Maílton, Negrucci, Nicolas Bosshardt, Patryck, Rafael, Rigoni, Sabino e Gonzalo Tapia. Todos os demais tiveram, ao menos uma vez, algum problema físico.
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O impacto é evidente. Diante do Fluminense, o São Paulo relacionou 21 jogadores. No banco, eram apenas dez opções, muitas provenientes de Cotia. Qualquer movimentação precisava ser calculada, e, a apenas duas rodadas do fim da temporada, o sinal de alerta está totalmente acionado.
Em algumas posições, a situação é ainda mais crítica. No momento, o clube não dispõe de nenhum centroavante de origem. Ryan, Calleri e André Silva sofreram lesões ligamentares no joelho, algo que chamou atenção internamente, segundo apurou o Lance!.
O departamento médico passou por mudanças ao longo do ano. Equipamentos e tecnologias, como o Tecfut, foram incorporados ao Reffis Plus. No entanto, ainda não há uma explicação definitiva para o aumento tão expressivo no número de jogadores afastados.
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Planejamento para 2026
Hernán Crespo foi questionado sobre o planejamento para 2026 e se existe futuro na equipe. De acordo com o treinador, está lidando com o que tem em mãos, revelando assuntos que já havia tratado com a diretoria.
- A diretoria falou para mim desde que cheguei que não tinha dinheiro, que não iam contratar e que tínhamos que nos salvar. Estamos planejando o futuro, mas tenho que ver claro o que podemos fazer, as ideias eu tenho claras, estou confiando no que eles falaram, que ate dezembro não teria dinheiro e que de repente em janeiro as coisas podem melhorar - disse Crespo.
