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São Paulo encaminha acerto com substituta para atual fornecedora de material esportivo em 2024: marca dos EUA vai pagar multa a Bragantino

Tricolor tem acordo costurado para usar New Balance, após 'relação abusiva' com Adidas desde 2018

Jogadoras de Bragantino e São Paulo durante duelo do Paulista feminino (Foto: Fernando Roberto/Bragantino)
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O São Paulo tem um acordo encaminhado para ter a New Balance como sua fornecedora de material esportivo em 2024, substituindo a atual Adidas. O anúncio oficial deverá ocorrer em julho, após o fim de uma cláusula de sigilo que o clube do Morumbi mantém com a multinacional alemã e também para haver tempo hábil de produção em cadeia do novo fardamento tricolor para a próxima temporada.

O acerto entre São Paulo e New Balance não é necessariamente uma novidade pelos lados do Morumbi. A marca dos EUA era a favorita absoluta para entrar no lugar da Adidas, já que Puma e Umbro, outras que sondaram o clube, possuem cláusulas de exclusividade com Palmeiras e Santos, respectivamente, com multas consideradas bem altas.

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É também o caso da New Balance, que possui o mesmo tipo de contrato com o Bragantino, com quem mantém contrato desde o ano passado. Porém dois movimentos ajudam o Tricolor no acerto. Primeiro a multa a ser paga pelos estadunidenses é bem mais baixa que as das outras marcas. Depois que a própria empresa tem interesse em ter o São Paulo como seu principal' player' no mercado brasileiro.

O LANCE! apurou que a gestão Julio Casares chegou a exigir o rompimento da New Balance com o Bragantino para o acordo fosse homologado. Mas diante da falta de opções melhores (e cifras consideradas deveras interessante), a condição acabou sendo descartada.

Segundo o portal 'Mantos do Futebol', desde o início do ano a New Balance passou a ser operada no Brasil pela Dass, marca que também possui a licença da Umbro e da Fila, e com isso, decidiu ampliar a sua presença no futebol brasileiro.

Aos poucos, essa penetração vem acontecendo com o patrocínio individual de atletas. No próprio São Paulo o meia Rodrigo Nestor é um dos apoiados pela marca.

Ao L!, fontes ouvidas do Morumbi garantem que o acordo prevê a abertura de lojas oficiais do clube em todo o Brasil, além da administração da mega store do Morumbi, que será reinaugurada na noite desta sexta-feira (19), mas por enquanto vendendo apenas produtos da linha SAO, criada pelo próprio Casares na década de 2000 quando era diretor de marketing, expondo ainda mais o racha entre São Paulo e Adidas.

PARTES VIVEM RELAÇÃO DE AMOR E ÓDIO

São Paulo e Adidas, que iniciaram a parceria em 2018, vivem relações extremamente tumultuadas nos bastidores. Primeiro, o Tricolor reclama da diferença de valores pagos e tratamentos dados a ele e o Flamengo. Há queixas de que até Atlético-MG e Internacional seriam melhores servidos pela marca.

Além disso, episódios recentes escancaram o que torcedores e dirigentes chamam de descaso. Há muitas queixas pela forma como o vínculo foi acertado pela gestão de Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, antecessor de Casares. E também pelo fato de apenas o Flamengo ser tratado como 'marca global'.

Em dezembro do ano passado, o capítulo de desacordos entre as partes ganhou mais um capítulo, com os uniformes do clube usados na pré-temporada ainda exibindo a marca da Roku, fabricante de players de mídia on-line, cujo acordo venceu há três meses e não foi renovado.

A promessa era de que a situação deveria mudar no fim de janeiro, quando, enfim, o clube lançaria antecipadamente parte da sua nova coleção. Até agora, contudo, não houve fornecimento de novas camisas.

Em setembro do ano passado, o clube se viu refém da marca esportiva e taxou como 'descaso' o fato da terceira camisa são-paulina, que faz alusão ao agasalho usado pelo elenco campeão mundial de 1992, ter sumido das lojas após esgotado o primeiro lote.

Lançada em agosto, a peça esgotou em um fim de semana. E a reposição do lote de 3 mil unidades, prometida pelo Tricolor à torcida na ocasião em até 15 dias, demorou quase dois meses. Depois de arrecadar quase R$ 1 milhão no fim de semana de lançamento da camisa, a previsão do marketing são-paulino é que o clube deixou de arrecadar mais R$ 6 milhões com a peça por causa das listas de espera de clientes feitas por lojas.

No início de 2022, a rescisão chegou a ser estudada pelo jurídico tricolor, mas os valores da multa impediram o avanço do planejamento. O contrato entre as partes vai até o fim do ano que vem. A desavença é tamanha que o técnico Rogério Ceni entrou no 'fogo cruzado' ao usar roupas da Under Armour, antiga fornecedora são-paulina, no jogo contra o Juventude, em abril daquele ano, pela Copa do Brasil.

A última faísca ocorreu em março, quando torcedores, sócios e conselheiros reclamaram publicamente da Adidas ter ignorado o São Paulo em uma campanha que lançou uniformes inspirados em peças desenhadas nos anos 1990. O clube do Morumbi não apareceu no post que anuncia a coleção nas redes sociais, em que modelos vestem a camisa dos principais clubes e seleções atendidos pela multinacional alemã. E também não foi contemplado com uma camisa na coleção.

Entre selecionados e equipes europeias, somente três sul-americanos aparecem na campanha: Flamengo e a dupla argentina River Plate e Boca Juniors. Único tricampeão mundial do futebol brasileiro, o São Paulo foi completamente ignorado.

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