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Divórcio à vista: diretoria do São Paulo faz as contas e estuda forma para trocar fornecedora de material esportivo já durante este ano

Cartolas tricolores avaliam rompimento com Adidas antes mesmo do fim do atual vínculo, no final do ano

Atletas são-paulinos no lançamento da nova camisa 2, a última da Adidas no Morumbi (Foto: Divulgação)
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Se dentro de campo as coisas estão mais tranquilas com a sequência de 11 partidas invictas, fora dele o São Paulo encontra tempo para tratar de assuntos diversos. E nessas discussão está a possibilidade levantada pela diretoria de rescindir unilateralmente de uma vez por todas o contrato com a Adidas, sua atual fornecedora de material esportivo, antes do término do vínculo, no final do ano.

O LANCE! apurou que a nova rusga entre as partes se dá pelas reclamações de lojistas e torcedores de encontrarem os novos uniformes de 2023 lançados pela multinacional alemã em tamanhos considerados especiais.

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Mas, claro, trata-se apenas de um pano de fundo para os planos do presidente Julio Casares de antecipar a chegada da New Balance, empresa estadunidense com quem o clube do Morumbi tem acertado um acordo verbal para substituir a Adidas em 2024, conforme o L! revelou.

A rescisão antes do tempo poderia funcionar para impedir que a Adidas faça valer uma cláusula do seu acordo com o São Paulo que prevê a prioridade para igualar ou cobrir qualquer oferta que chegar ao clube para substituí-la. Mas a tendência é que a empresa alemã parece pouco disposta a manter a parceria .

À reportagem, fontes do meio publicitário e do comércio de material esportivo revelaram que o rompimento parece encaminhado para a produtora de roupas. Há discussões na fornecedora sobre redistribuição das peças lançadas neste ano. E que aguardam apenas a assinatura da minuta para decidir o que fazer.

É essa parte do processo que preocupa o Tricolor. Já havia a expectativa da atual gestão desde que assumiu de romper com a Adidas. Só não foi feito por conta das multas consideradas altas. Há a expectativa de que se chegue a um acordo com os alemães para que o rompimento seja amigável.

E como ficariam os uniformes do São Paulo? O acordo com a New Balance seria anunciado imediatamente depois do rompimento com a Adidas. E uma das alternativas estudadas dentro do clube é o uso de uma marca própria enquanto os novos uniformes são produzidos. No caso, se aproveitaria para valorizar a marca SAO, criada por Casares quando diretor de marketing na década de 2000 e reativada há uma semana, com o lançamento de uma loja oficial dentro do Morumbi.

TRICOLOR E NEW BALANCE

O São Paulo tem um acordo encaminhado para ter a New Balance como sua fornecedora de material esportivo em 2024, substituindo a atual Adidas. O anúncio oficial deverá ocorrer em julho, após o fim de uma cláusula de sigilo que o clube do Morumbi mantém com a multinacional alemã e também para haver tempo hábil de produção em cadeia do novo fardamento tricolor para a próxima temporada.

O acerto entre São Paulo e New Balance não é necessariamente uma novidade pelos lados do Morumbi. A marca dos EUA era a favorita absoluta para entrar no lugar da Adidas, já que Puma e Umbro, outras que sondaram o clube, possuem cláusulas de exclusividade com Palmeiras e Santos, respectivamente, com multas consideradas bem altas.

É também o caso da New Balance, que possui o mesmo tipo de contrato com o Bragantino, com quem mantém contrato desde o ano passado. Porém dois movimentos ajudam o Tricolor no acerto. Primeiro a multa a ser paga pelos estadunidenses é bem mais baixa que as das outras marcas. Depois que a própria empresa tem interesse em ter o São Paulo como seu principal' player' no mercado brasileiro.

LANCE! apurou que a gestão Julio Casares chegou a exigir o rompimento da New Balance com o Bragantino para o acordo fosse homologado. Mas diante da falta de opções melhores (e cifras consideradas deveras interessante), a condição acabou sendo descartada.

Segundo o portal 'Mantos do Futebol', desde o início do ano a New Balance passou a ser operada no Brasil pela Dass, marca que também possui a licença da Umbro e da Fila, e com isso, decidiu ampliar a sua presença no futebol brasileiro.

Aos poucos, essa penetração vem acontecendo com o patrocínio individual de atletas. No próprio São Paulo o meia Rodrigo Nestor é um dos apoiados pela marca.

Ao L!, fontes ouvidas do Morumbi garantem que o acordo prevê a abertura de lojas oficiais do clube em todo o Brasil, além da administração da mega store do Morumbi, que será reinaugurada na noite desta sexta-feira (19), mas por enquanto vendendo apenas produtos da linha SAO, criada pelo próprio Casares na década de 2000 quando era diretor de marketing, expondo ainda mais o racha entre São Paulo e Adidas.

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PARTES VIVEM RELAÇÃO DE AMOR E ÓDIO

São Paulo e Adidas, que iniciaram a parceria em 2018, vivem relações extremamente tumultuadas nos bastidores. Primeiro, o Tricolor reclama da diferença de valores pagos e tratamentos dados a ele e o Flamengo. Há queixas de que até Atlético-MG e Internacional seriam melhores servidos pela marca.

Além disso, episódios recentes escancaram o que torcedores e dirigentes chamam de descaso. Há muitas queixas pela forma como o vínculo foi acertado pela gestão de Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, antecessor de Casares. E também pelo fato de apenas o Flamengo ser tratado como 'marca global'.

Em dezembro do ano passado, o capítulo de desacordos entre as partes ganhou mais um capítulo, com os uniformes do clube usados na pré-temporada ainda exibindo a marca da Roku, fabricante de players de mídia on-line, cujo acordo venceu há três meses e não foi renovado.

A promessa era de que a situação deveria mudar no fim de janeiro, quando, enfim, o clube lançaria antecipadamente parte da sua nova coleção. Até agora, contudo, não houve fornecimento de novas camisas.

Em setembro do ano passado, o clube se viu refém da marca esportiva e taxou como 'descaso' o fato da terceira camisa são-paulina, que faz alusão ao agasalho usado pelo elenco campeão mundial de 1992, ter sumido das lojas após esgotado o primeiro lote.

Lançada em agosto, a peça esgotou em um fim de semana. E a reposição do lote de 3 mil unidades, prometida pelo Tricolor à torcida na ocasião em até 15 dias, demorou quase dois meses. Depois de arrecadar quase R$ 1 milhão no fim de semana de lançamento da camisa, a previsão do marketing são-paulino é que o clube deixou de arrecadar mais R$ 6 milhões com a peça por causa das listas de espera de clientes feitas por lojas.

No início de 2022, a rescisão chegou a ser estudada pelo jurídico tricolor, mas os valores da multa impediram o avanço do planejamento. O contrato entre as partes vai até o fim do ano que vem. A desavença é tamanha que o técnico Rogério Ceni entrou no 'fogo cruzado' ao usar roupas da Under Armour, antiga fornecedora são-paulina, no jogo contra o Juventude, em abril daquele ano, pela Copa do Brasil.

A última faísca ocorreu em março, quando torcedores, sócios e conselheiros reclamaram publicamente da Adidas ter ignorado o São Paulo em uma campanha que lançou uniformes inspirados em peças desenhadas nos anos 1990. O clube do Morumbi não apareceu no post que anuncia a coleção nas redes sociais, em que modelos vestem a camisa dos principais clubes e seleções atendidos pela multinacional alemã. E também não foi contemplado com uma camisa na coleção.

Entre selecionados e equipes europeias, somente três sul-americanos aparecem na campanha: Flamengo e a dupla argentina River Plate e Boca Juniors. Único tricampeão mundial do futebol brasileiro, o São Paulo foi completamente ignorado.

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