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Novo parecer do Conselho Fiscal do Santos pode acelerar afastamento de Peres; entenda

Relatório encaminhado à Mesa Diretora do Conselho Deliberativo prevê encaminhamento do parecer para que a Comissão de Inquérito e Sindicância tome providências necessárias<br>

José Carlos Peres pode ser alvo de novo processo de impeachment (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC)
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O Conselho Fiscal do Santos manteve o parecer que reprova as contas da gestão do clube em 2019. Em documento protocolado à Mesa Diretora do Conselho Deliberativo no dia 20 de julho, no qual o LANCE! teve acesso, há o pedido para encaminhamento da decisão à Comissão de Inquérito e Sindicância para que sejam tomadas as medidas cabíveis, entre elas um possível afastamento do presidente José Carlos Peres.

Com a adequação do Estatuto Social do Peixe ao Profut, no ano passado, o pedido pode acelerar esse processo que a princípio necessitaria da assinatura de conselheiros para que fosse protocolado na CIS.

Ainda assim, uma reunião do Conselho Deliberativo está prevista para acontecer virtualmente na próxima segunda-feira, com data ainda a ser confirmada. Caso os conselheiros aprovem o parecer fiscal, os apontamentos serão encaminhados à comissão para a abertura de um processo, tendo a gestão dez dias para apresentar a sua defesa e cabendo à Mesa Diretora convocar uma reunião extraordinária para votar o afastamento de Peres, esta precisaria contar com a presença de, pelo menos, metade dos conselheiros, sendo 2/3 deles favoráveis ao afastamento para que ele se confirme.

Pontos do parecer

Além do requerimento para que o relatório seja encaminhado à CIS, o Conselho Fiscal contra-argumentou a defesa do presidente José Carlos Peres protocolada à Mesa Diretora do Conselho Deliberativo, após a aprovação dos conselheiros à rejeição das contas de 2019, em videoconferência realizada no dia 30 de junho.

Entre os pontos abordados o CF afirma que Peres admite o uso irregular dos cartões corporativos, um dos pontos levantados para a reprovação inicial das contas.

– O presidente admite o uso ilegítimo do cartão, bem como a negligência com as pendências de ressarcimento dos valores – diz trecho.

Em outro ponto crucial na rejeição fiscal, o relatório afirma que a gestão não apresentou os documentos solicitados que comprovem a inexistência no pagamento de comissão ao empresário Renato Duprat na negociação do atacante Bruno Henrique com o Flamengo, no início de 2019.

Há também apontamentos quanto a falta de justificativa para o aumento de 43,45% nos custos e despesas orçados para 2019 e o não recolhimento de impostos, alterações no organograma do clube, acréscimo de 30,85% na folha de pagamento do ano passado, crescimento de R$ 100 milhões em valores previstos para possíveis e prováveis perdas em processos judiciais, atraso na entrega das atas do Comitê de Gestão à Mesa Diretora do Conselho Deliberativo e não pagamento de compromissos assumidos, ocasionando juros, multas e ações judiciais.

O Conselho Fiscal ainda acusa a gestão de desconhecimento e negligência ao Estatuto Social do Santos FC, querendo dar novos entendimentos a determinados artigos e incisos.