Divulgação/Santos FC
Chegou ao fim uma novela que se arrastou enquanto não surgia um clube disposto a assinar o cheque. O venezuelano Soteldo, enfim, foi vendido pelo Santos. O destino será o Toronto FC, que disputa a MLS.
Negociado por US$ 6 milhões, o valor foi todo destinado a quitar a dívida com o Huachipato e, assim, conseguir a liberação da Fifa para novas contratações. O Santos ainda pagará mais US$ 500 mil parcelados ao time chileno, mas garantiu 12,5% de uma venda futura do atleta.
Não demorou para o técnico Ariel Holan ser apresentado à mentalidade rasteira da cultura do futebol brasileiro. Na semana passada, um torcedor aspirante a comediante pichou o muro da Vila Belmiro com a frase "O tetra é obrigação", em protesto contra a derrota do time na estreia da Libertadores.
Ontem, na derrota no clássico contra o Corinthians, o Santos levou a campo um time quase todo composto por garotos. Mas não aqueles que foram fundamentais para levar o time à final da última Libertadores, mas outros que começam a receber as primeiras chances mais por necessidade de rodar o elenco do que por planejamento.
Por mais valiosa que sejam as categorias de base do clube, não se pode esperar que os meninos da Vila sempre conseguirão transformar temporadas preocupantes em anos positivos.
Ao vender Soteldo sem nunca ter pagado por ele, o Santos mostra que ainda sofrerá um bom tempo até conseguir ir ao mercado e conseguir peças que sejam mais solução do que aposta. O muro pichado é só mais um retrato do absurdo.
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