Tricampeão da América, o Santos participa de sua 14ª edição da Copa Libertadores e pretende ter mais sucesso na competição do que teve na temporada passada, quando foi eliminado nas quartas de final pelo Barcelona (ECU), na Vila Belmiro. Aquela eliminação, aliás, traz resquícios para 2018, uma vez que Bruno Henrique, expulso contra o time equatoriano por cuspir no adversário, foi suspenso por cinco jogos pela Conmebol e só poderá entrar em campo na sexta rodada da fase de grupos do torneio.
A classificação do Peixe para a edição deste ano da competição continental veio por conta da conquista da terceira posição no Campeonato Brasileiro, ficando atrás apenas de Palmeiras e Corinthians, o campeão. Esse posto permitiu ao clube da Baixada o passaporte direto para a fase de grupos com Estudiante (ARG(, Real Garcilaso (PER) e Nacional (URU).
Para tentar chegar mais longe na competição e conquistar o tetracampeonato, o Santos vai ter de enfrentar, além dos adversários do grupo, uma pequena reformulação que o elenco sofreu. Com as saídas de Lucas Lima e Ricardo Oliveira, o time perdeu dois de seus principais jogadores, e precisou agir pontualmente para suprir essa lacuna trazendo de volta Gabigol, por empréstimo, da Inter de Milão. Eduardo Sasha, do Internacional, e o lateral-esquerdo Dodô, da Sampdoria, foram outras contratações de destaque.
No entanto, talvez o reforço mais pontual do Peixe tenha sido fora dos gramados: o técnico Jair Ventura, que fez excelente campanha com o Botafogo na edição passada da Libertadores. No comando de um time limitado tecnicamente, superou diversos campeões continentais na competição e só foi eliminado nas quartas de final, quando perdeu para o Grêmio, que acabou conquistando o título.
REAL GARCILASO (PER)
"O Real Garcilaso se classificou para a Copa Libertadores, depois de terminar em segundo na tabela de classificação do Torneio Descentralizado 2017, com 86 pontos. No ano passado, a equipe de Cusco foi uma das mais regulares da competição ao se fazer forte dentro de casa e roubando alguns pontos como visitante. Porém, a situação é totalmente diferente neste início de ano, já que somam somente uma vitória nas primeiras quatro rodadas que disputaram. Por isso são forçados a levantar a cabeça no Grupo do Santos, Estudiantes e Nacional.
O técnico que está à frente da equipe é Óscar Ibáñez, que foi tricampeão com o Universtario do Peru entre os anos de 1998 e 2000. O argentino naturalizado peruano coloca em prática um 4-3-3. Alfreda Ramúa é o melhor jogador do Real Garcilaso. ‘El Chapu’ é o dono das bolas paradas do time. Diego Mayora, por sua vez, é o único atacante da equipe. É forte no jogo aéreo e sua especialidade é o choque.
Por outro lado, João Villamarín (25 anos) é o jogador preferido de Ibáñez. O joven atacante da seleção se movimenta por todo o setor ofensivo e é muito habilidoso. Os jogadores mais experientes do elenco são Julio Landauri, Johnny Vidales e Luis García. Esse último dosa o ritmo de jogo conforme o necessário. A equipe de Cusco sonha em avançar de fase."
Por Rodolfo Huamán, repórter do Diario Líbero, do Peru
Número de participações na Libertadores: 3 (2013, 2014 e 2018)
Títulos: 0
Finais: 0
Estádio/capacidade: Inca Garcilaso de la Vega (42 mil pessoas)
Cidade-sede: Cusco
Altitude: 3.367m
Distância e tempo de voo partindo de São Paulo: 2.933km / 4 horas (aproximadamente)
ESTUDIANTES (ARG)
"O Estudiantes parte para o sonho de conquista sua quinta Libertadores. Depois de uma participação ruim na edição de 2017, em que ficou fora da fase de grupos (dividiu o grupo com Botafogo e Barcelona, os classificados, e com o campeão Atlético Nacional), agora buscará a revanche e poder seguir na competição depois da Copa do Mundo, quando começam as oitavas de final. A chave não é fácil: são dez Libertadores conquistadas no grupo do Estudiantes. Quatro da equipe de La Plata, três do Nacional e outras três do Santos. Real Garcilaso será o mais frágil, mas a seu favor tem os 3.367 metros de altitude.
A equipe chega em um momento de transformação. Até a última rodada, em que foi derrotado por 1 a 0 pelo Huracán com uma formação que contou com muitos reservas, vinha invicto no torneio local em 2018. No entanto, seu técnico Lucas Bernardi (40 anos e passagem pela Europa como jogador do Olympique de Marseille e do Monaco) troca frequentemente seus jogadores e seu sistema táticos. Para ele, isso potencializa a competição interna, mas de algum modo isso não permitiu a consolidação de um 11 titular, o que afeta o jogo.
As referências da equipe seguem sendo jogadores veteranos, que foram campeões da Libertadores de 2009: o goleiro Mariano Andújar (34 anos), o defensor Leandro Desábato (39 anos, capitão) e Rodrigo Braña (38 anos). Ao mesmo tempo, também tem uma mescla de jogadores jovens, como Lucas Rodríguez (fez parte da seleção sub-20), Iván Gómez e Carlo Lattanzio. Hoje, seu principal nome é o colombiano Juan Otero, atacante, que soma quatro gols na temporada.
Seus reforços para este ano não são titulares: chegaram o defenso Fabiá Noguera (do Santos), o equatoriano Jocob Murillo (proveniente do Delfín) e o colombiano Andrés Escobar (que estava sem contrato). Até aqui, a contribuição deles tem sido bastante pobre."
Por Sergio Maffei, repórter do Diário Olé, da Argentina
Número de participações na Libertadores: 15
Títulos: 4 (1968, 1969, 1970 e 2009)
Finais: 5 (1969, 1969, 1970, 1971 e 2009)
Estádio/capacidade: Ciudad de La Plata (53 mil pessoas)
Cidade-sede: La Plata
Distância e tempo de voo partindo de São Paulo: 1.662km / 2 horas e 30 minutos (aproximadamente)
NACIONAL (URU)
"Foi um começo diferente para a equipe tricolor. O sorteio a fez estrear em janeiro, quando deixou para trás Chapecoense e Banfield para se classificar de forma definitiva no grupo 6 da Libertadores.
Em 2018 houve a chegada de uma nova comissão técnica, liderada por Alexander Medina, ex-jogador do Nacional e até ano passado diretor técnico da terceira divisão. O "Cacique" até o momento está invicto, sem perder em casa após quatro rodadas e sem perder também nas duas primeiras fases da Lobertadores.
O Nacional teve reforços importantes e de renome que chegaram na reta final do mercado de transferências, como Gonzalo Begessio e Gino Peruzzi, jogadores titulares no Campeonato Uruguaio.
A eles, soma-se Carlos de Pena, que voltou ao clube assim como Santiago Romero, que vieram do exterior. Rodrigo Erramuspe do Independiente de Medellín, Facundo Waller de Plaza Colonia e Luis Aguiar, a mais polêmica por causa de seu passado no Peñarol (principal rival do Nacional).
No entanto, o Nacional sofreu baixas importantes como Rodrigo Aguirre, artilheiro que não pôde ficar após empréstimo, Kevin Ramírez, que foi para o futebol colombiano e Hugo Silveira, no futebol asiático.
O começo do Nacional foi de ruim para bom, perdendo os dois primeiros clássicos. Depois, vem de quatro vitórias consecutivas e um empate contra o Estudiantes pela estreia na Libertadores. No domingo, enfrentará o Club Progresso pelo Torneio Apertura e esperará até 15 de março para voltar a jogar a Libertadores contra o Santos, como visitante."
Por Rodrigo Ruíz, repórter da Rádio 1010, do Uruguai
Número de participações na Libertadores: 46
Títulos: 3 (1971, 1980 e 1988)
Finais: 6 (1964, 1967. 1969, 1971, 1980 e 1988)
Estádio/capacidade: Parque Central (30 mil pessoas)
Cidade-sede: Montevideo
Distância e tempo de voo partindo de São Paulo: 1.545km / 2 horas e 20 minutos (aproximadamente)
Os jogos do Santos na fase de grupos da Libertadores:
Real Garcilaso x Santos - dia 20/02 - Estádio Inca Garcilaso De La Vega (Peru)
Santos x Nacional – Dia 15/3 – Estádio do Pacaembu (São Paulo)
Estudiantes x Santos - Dia 05/05 - Estádio Ciudad De La Plata (Argentina)
Santos x Estudiantes – Dia 24/4 – Estádio do Pacaembu (São Paulo)
Nacional x Santos - Dia 01/05 - Estádio Gran Parque Central (Uruguai)
Santos x Real Garcilaso – Dia 24/5 – Estádio Vila Belmiro (Santos)
TIME-BASE
Dia 28/02/2018 21:25
Atualizado em 01/03/2018 11:22