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Há sete anos, Tigre x Palmeiras gerou ‘guerra’ entre elenco e organizada

Time perdeu para argentinos na Libertadores de 2013, mas causa da confusão foi o gesto obsceno de Valdivia em direção a membros da Mancha. Prass foi atingido na cabeça

Valdivia foi o pivô do ataque de membros da Mancha no aeroporto em Buenos Aires (Foto: AFP / JUAN MABROMATA)
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Depois de praticamente sete anos, Tigre (ARG) e Palmeiras voltam a se enfrentar no estádio José Dellagiovanna, nesta quarta-feira. Os times foram adversários de grupo também na Libertadores de 2013, e o confronto na Argentina teve como consequência uma briga de membros da Mancha Alviverde com o elenco do Verdão no aeroporto em Buenos Aires.

Com um elenco bem modesto após cair em 2012 e no início da gestão Paulo Nobre, o Palmeiras teve vaga na Libertadores pelo título da Copa do Brasil no ano anterior. Mesmo sem uma grande equipe, esteve perto de vencer o Tigre fora de casa: o centroavante Kleber perdeu uma chance clara aos 47 minutos do segundo tempo, e aos 49, os argentinos marcaram o gol da vitória por 1 a 0, em 6 de março de 2013.

Na manhã do dia seguinte, já na área de embarque do aeroporto rumo ao Brasil, integrantes da Mancha que estavam no país vizinho encontraram a delegação e passaram a cobrar o time pelo desempenho ruim. A maior revolta, porém, era com Valdivia.

Os torcedores se irritaram, pois o meia acenou com a genitália em direção à organizada no estádio do Tigre - o chileno, depois do incidente, disse que o ato foi direcionado a Zeca Urubu, na época membro da torcida e conhecido por confusões em anos anteriores com jogadores no Palmeiras.

Ao ver o Mago, aqueles que estavam no aeroporto partiram para cima e atiraram objetos, tentando acertá-lo. O camisa 10 foi protegido pelos seguranças do clube, e Fernando Prass, recém-chegado ao clube, acabou atingido por uma xícara, cortando sua orelha. A diretoria da uniformizada pediu desculpas ao ídolo, que depois recebeu diversas homenagens da Mancha.

Prass foi atingido na briga de 2013 (Foto: Caio Carrieri)

O caso foi o estopim para o rompimento completo de Paulo Nobre com a Mancha Alviverde. A relação entre clube e torcida tornou-se melhor com a saída do presidente. Leila Pereira, conselheira e patrocinadora do clube, é a principal apoiadora da escola de samba da Mancha. Mesmo diante dos intensos protestos em 2019 pedindo a saída de Alexandre Mattos, o clube não voltou a cortar relações com a organizada.

No começo deste ano, inclusive, houve uma reunião de diretores da Mancha com Felipe Melo, Bruno Henrique, Dudu e Vanderlei Luxemburgo, com o intuito de aparar as arestas. Luxa, sempre que pode, cita a importância do apoio da torcida neste início de trabalho, incluindo as uniformizadas.

Nenhum jogador que atuou na derrota de 2013 segue no elenco. O time que Gilson Kleina escalou na ocasião foi: Fernando Prass; Weldinho, Maurício Ramos, Henrique e Marcelo Oliveira; Vilson (que acabaria expulso), Márcio Araújo, Wesley (Patrick Vieira) e Valdivia; Vinicius (Maikon Leite) e Kleber.