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Pesadelo dos rivais na base, Gabriel Jesus tenta desencantar em clássicos

Jovem atacante do Palmeiras disputará seu 15º clássico como profissional neste domingo, contra o Santos, e busca o primeiro gol. Ele evita provocações e diz: 'Futebol perdeu a graça'

Gabriel Jesus fez seis gols em seis clássicos no sub-17 do Verdão (Foto: Ari Ferreira/Lancepress!)
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As coisas costumam acontecer depressa na vida de Gabriel Jesus. Aos 17 anos e 11 meses, ele estreou no time principal do Palmeiras. Aos 18 anos e oito meses, tornou-se o atleta mais jovem a ser titular em uma conquista nacional do clube. Hoje, com 19 anos recém-completados, disputará o 15 clássico da carreira profissional. Só o primeiro gol contra rivais é que está demorando. E ele se cobra.

- Pô, eu me cobro demais. Na base eu fiz nos três grandes, em decisões, aqui ainda não. Mas estou pronto e bem focado para fazer gol na primeira oportunidade que aparecer - disse o garoto, uma das certezas no misterioso time titular de Cuca para o jogo contra o Santos, às 16h deste domingo, na Vila, valendo vaga na final estadual.

Gabriel Jesus - ou Gabriel Fernando, como era chamado à época - foi mesmo um pesadelo para os rivais em sua meteórica passagem pela base alviverde. No Paulista Sub-17 de 2014, disputou seis clássicos e marcou seis gols (um sobre o Corinthians, três contra o São Paulo e dois diante do Santos). O Verdão perdeu a final justamente para o Peixe.

O garoto nem devia imaginar que se tornaria um dos personagens da acirrada rivalidade entre os dois clubes em 2015, com sete jogos, duas finais, um título para cada lado e provocações que ainda repercutem.

Assim que ficou definido o reencontro, Gabriel foi questionado sobre as constantes cutucadas de Lucas Lima e disse que os santistas deviam estar vendo o Palmeiras jogar "para aprender". Ele reduziu o tom nesta conversa com o LANCE!.

- Olha, foi um momento em que falei com a cabeça quente, me exaltei um pouco, falei querendo rebater provocações de lá. Mas isso passou, ficou naquele dia, hoje é outro dia e a gente tem que pensar só em vencer - disse, antes de fazer uma crítica:

- O futebol perdeu a graça por isso. Não pode dar uma apimentada em um clássico que tem gente que começa a falar. Mas quero que seja um excelente jogo, um espetáculo.

O camisa 33 parece estar vivendo seu ano de afirmação. Na temporada passada, em meio a altos e baixos, marcou sete gols em 37 jogos. Neste ano, já balançou as redes nove vezes em 18 partidas. Hoje tem mais?

TERROR DOS RIVAIS NA BASE. E AGORA?

Corinthians
O Palmeiras eliminou o maior rival nas quartas de final do Campeonato Paulista Sub-17 de 2014 com duas vitórias: 3 a 1 na Fazendinha e 3 a 0 no Nicolau Alayon. Gabriel Jesus marcou um dos gols no jogo de ida e passou em branco na volta.

São Paulo
O Verdão encarou os meninos de Cotia na semifinal do Paulista Sub-17 de 2014 e Gabriel Jesus foi o grande destaque da classificação. Ele marcou os dois gols da vitória por 2 a 1 no CFA Laudo Natel, casa do rival, e fez outro no empate em 2 a 2 no jogo de volta, na Rua Javari.

Santos
Gabriel Jesus já era conhecido quando o Palmeiras disputou a final do Sub-17. Marcou um gol na vitória por 2 a 1 na Rua Javari e mais um na derrota por 2 a 1 na Vila Belmiro. O Santos tinha vantagem e foi campeão.

No profissional
O Santos é o rival que Jesus mais enfrentou: sete jogos, sendo três como titular e quatro entrando durante a partida, com três vitórias para cada e um empate. Contra o São Paulo são quatro jogos, um como titular, com três vitórias e um empate. Contra o Corinthians são três jogos, dois como titular, com dois empates e uma vitória.

Confira um bate-bola exclusivo com Gabriel Jesus:

LANCE!: O Palmeiras nunca perdeu para o Santos no Allianz Parque, mas perdeu os quatro jogos que fez na Vila Belmiro no ano passado. Qual é a maior dificuldade de jogar lá, ainda mais sem torcida?
Gabriel Jesus: A gente sabe do potencial do time deles lá na Vila Belmiro. Lá eles se transformam, mas nossa equipe está vindo de uma sequência boa, está confiante e vai para vencer.

Você já marcou mais gols em 2016 do que em 2015, mesmo com menos jogos. Considera que esse é o ano da sua afirmação?
É complicado você vir da base com status de goleador e no profissional não conseguir demonstrar. Eu comecei a jogar, fazer gol, demonstrar meu futebol. Esse ano estou mais tranquilo, peguei um pouco mais de experiência, tenho mais tranquilidade para fazer os gols.

Qual é a principal mudança na sua maneira de jogar?
Eu estou bem mais tranquilo dentro de campo, não forço tanto a jogada como forçava no ano passado. Hoje eu estou, vamos dizer assim, um pouco mais calmo com a bola. E sem a bola eu tenho mais qualidade pra marcar.

Você foi expulso contra o Rosario Central, na Argentina, e tem recebido muitos cartões amarelos. Teme ficar com fama de jogador indisciplinado por causa disso?
Não, cara. Antes, quando eu jogava na várzea e na base, eu era bem esquentado mesmo. Eu melhorei bastante, só que lá eu perdi a cabeça. Acontece... Mas eu trabalho em cima disso para nunca mais acontecer.

É cada vez maior a possibilidade de você receber propostas do exterior. Não pensa em ficar no Brasil por um tempo longo e ser ídolo?
Hoje estou focado no Palmeiras, tenho uma decisão importante para jogar. Meu contrato é com o Palmeiras e estou muito feliz aqui.