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Palmeiras x Cerro Porteño em 2018: uma partida com roteiro de Libertadores

Com duas expulsões para o lado Alviverde e o revés por 1 a 0, a torcida presente no Allianz Parque chegou a esperar pela eliminação

Partida acabou em confusão generalizada após uma comemoração de Deyverson (Foto: Ale Cabral/AGIF)
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Em 2018, também nas oitavas de final da Libertadores, o Palmeiras mediu forças com o Cerro Porteño. Após uma vitória por 2 a 0 fora de casa na partida de ida, todos pensaram que a decisão no Allianz Parque não reservaria grandes surpresas. Estavam todos errados.

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Bastaram apenas três minutos de bola rolando para que a história começasse a ser escrita de uma maneira dramática para o lado palmeirense. Após uma entrada violenta em Víctor Cáceres, Felipe Melo recebeu o cartão vermelho direto e deixou a equipe com um a menos em praticamente toda a partida.

À medida que os minutos iam passando, a torcida do Verdão ficava ainda mais ansiosa para saber qual seria o desfecho de uma ‘maluquice’. Erlan Jesus, administrador da página ‘Parmera Mil Grau’, estava nas arquibancadas e relatou, ao LANCE!, o sentimento de uma história improvável.

- Nunca tinha ido a um jogo de Libertadores. Pensei que quando fosse, seria em um jogo tranquilo, uma coisa mais para aproveitar mesmo. Estava errado (risos). Estava tudo perfeito, de repente o Felipe Melo faz aquilo. Foi expulso em um lance imprudente e aí vocês imaginam… O jogo inteiro com um homem a menos é correr em uma subida - disse ele.

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Mas, com a chegada do segundo tempo, tudo parecia ter virado contra os mais de 33 mil fanáticos pelas cores verde e branco. Logo no começo, um grande susto. O meia do time paraguaio, Rodrigo Rojas, teve um choque de cabeça com o palmeirense Borja, caiu no gramado com a testa sangrando muito e perdeu a consciência por alguns instantes. Os jogadores ficaram desesperados, e o atleta precisou deixar o campo de ambulância.

Além disso, houve mais um momento de tensão. Os visitantes abriram o placar já na reta final e deram tons ainda mais cruéis ao roteiro. Aquele foi o primeiro gol sofrido pelo Palmeiras desde a volta de Felipão, no nono jogo sob o comando da nova comissão técnica.

- Para piorar, o Cerro abriu o placar. Aí a ansiedade aumentou absurdamente. Nossa, foi absurdo. Nunca mais fui para um jogo pensando que ele seria tranquilo (risos) - completou Erlan.

E o jogo realmente não seria tranquilo, nem mesmo nos acréscimos, quando o clima esquentou de vez. Após Deyverson receber falta dura de Escobar, o atacante tentou inflamar a torcida, se envolveu em confusão com os jogadores do Cerro e acabou expulso. O zagueiro paraguaio Marcos Cáceres foi outro a receber o cartão vermelho, e dois gandulas do Allianz também foram mandados para fora pelo juiz argentino.

Assim como Erlan, Matheus Pereira, do ‘Diário SEP’, estava no Allianz Parque e fez questão de reforçar, ao L!, a importância da torcida naquela partida digna de Libertadores da América.

- Aquele jogo foi muito maluco. Ganhamos o jogo no Paraguai e tinha tudo para ser um jogo tranquilo, até que o Felipe Melo foi expulso com três minutos de jogo. Depois os caras fizeram um gol na sorte e o Deyverson também foi expulso quase no final. Cara, a torcida carregou o time nesse dia. O estádio inteiro estava torcendo na mesma sintonia. Carregamos o time mesmo! Foi muito louco! - desabafou.

Apesar dos minutos finais serem repletos de hostilidades entre os adversários e do revés, o Palmeiras se classificou para a semifinal do torneio e ali deu um pontapé inicial para um processo que, hoje, rende muitos frutos.

O Alviverde foi eliminado na penúltima fase rumo ao título e, em 2019, daria adeus ao sonho diante do Grêmio, ainda nas quartas. O que poderia ter sido prejudicial e sinônimo de crise, trouxe à Barra Funda o treinador Abel Ferreira e o bicampeonato da Copa nos dois anos seguintes.

Em busca do tri consecutivo, os comandados do português entram em campo contra o Cerro, hoje de Chiqui Arce, nesta quarta-feira, às 19h15, no Paraguai.