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Conheça Paulo Turra, braço direito do ‘mestre’ Felipão na volta ao Palmeiras

Auxiliar técnico do Scolari, o ex-zagueiro vai comandar o Verdão nesta quinta-feira, quando visita o Bahia, pela Copa do Brasil. Ele já jogou pelo Palmeiras e foi campeão, em 2000

Paulo Turra durante treino do Palmeiras, na Academia de Futebol. Ele comanda o time nesta noite (Foto: Cesar Greco)
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Enquanto Luiz Felipe Scolari chega ao Brasil na sexta-feira, Paulo Turra, de 44 anos, vai comandar o Palmeiras nesta quinta, às 19h30, no jogo contra o Bahia, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Ex-zagueiro do Verdão, o auxiliar trabalha há mais de um ano com Felipão e aproveitou o primeiro semestre sem clube para fazer uma "peregrinação futebolística" pelo Brasil.

Depois de sair do Guangzhou Evergrande (CHN) com Scolari no fim de 2017, Turra assistiu em 2018 a quase 40 jogos in loco. Foram partidas amistosas, do Gaúcho (primeira e segunda divisão), Paulista, Catarinense, Paranaense, Libertadores e divisões inferiores do Campeonato Brasileiro, em busca de informações e novidades.

Ele aceitou o convite para ser auxiliar de Felipão na China no fim de 2016, quando já tinha uma carreira como técnico. Desde 2010, havia comandado equipes menores do Sul e em 2014 chegou ao Avaí, mas foi demitido depois de três derrotas em três jogos. O último trabalho treinando um clube foi no Cianorte, onde foi campeão invicto da divisão de acesso no Paraná, em 2016.

- Como jogador eu fui capitão e falava muito, mas enquanto treinador existem muitas outras questões com as quais é preciso se preocupar. Um bom técnico tem de compreender os jogadores e encontrar um esquema tático ideal para as caraterísticas que possuem. É fundamental gerir um grupo que não se restringe só aos que estão dentro de campo, prestar apoio à equipe técnica e refletir sobre o tratamento que dá à imprensa, aos diretores e torcida - disse Turra, em entrevista ao site português Mais Futebol, no fim de 2017.

Formado pelo curso de treinadores da CBF, ele deixou o Cianorte ao surgir a oportunidade de trabalhar com Felipão e há alguns meses foi cotado para voltar ao clube paranaense. Embora agradecido, manteve-se à espera de uma definição do técnico, que acabou acertando até o fim de 2020 com o Palmeiras.

Em suas redes sociais, o auxiliar não cansa de fazer menções elogiosas ao chefe, costumeiramente chamado de "mestre" e quem ele defende no meio da discussão que existe no Brasil entre técnicos da nova e da velha geração.

- Respeito com os experientes é o mais importante. Não se pode dizer que é certo, só porque são conceitos novos. Se o futebol brasileiro é o que é, graças a esses treinadores da outra geração. Os experientes estão sempre focados em evoluir. Fiquei muito feliz com o que vi e convivi com o Felipão na China. Ele é um treinador que, apesar de já ter conquistado muitos títulos, sempre buscou atualizações - pontuou, à rádio Gaúcha, em junho.

A relação entre os dois vem desde o clube que os formou: o Caxias. Turra foi capitão gaúcho no time em 2000 com Tite (mais um de seus ídolos) e acabou indicado por Scolari para jogar no Palmeiras. Quando chegou, o técnico já estava a caminho do Cruzeiro e eles não trabalharam juntos - o defensor foi treinado pelo então auxiliar Flávio Teixeira, o Murtosa, com quem também trabalhou na China, mas que não os seguirá na Academia de Futebol, para resolver questões particulares. Pelo Verdão, foram 41 jogos, três gols e o título da Copa dos Campeões durante a passagem que durou até 2001.

Na China, quando Luiz Felipe teve de cumprir suspensão, quem comandava o Guangzhou não era mais Murtosa, mas sim Paulo Turra. Ele esteve, inclusive, à beira do campo no jogo que deu ao clube o título chinês de 2017. Deixá-lo à frente da equipe no Verdão, portanto, não é uma novidade.

O auxiliar de Felipão já começou a colocar algumas ideias do chefe em prática, como o uso de um centroavante. Como Borja ainda está recuperando a forma física depois de uma artroscopia no joelho, Deyverson deve começar a partida desta noite, com Willian e Dudu como os outros atacantes pelos lados do campo. As equipes de Scolari, historicamente, jogam com um "9".

Pelos treinos e entrevistas, Paulo Turra gosta de times que marquem sob pressão a partir do momento que se perde a bola. Este foi um pedido recorrente dele nas atividades que comandou na Academia de Futebol. Ainda que à distância, Felipão já está fazendo seu estilo de trabalho ser entendido pelos atletas, graças ao novo braço direito. Nesta quinta será o primeiro teste.