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Historiador só vê duas vendas parecidas com a de Jesus no Verdão

Jota Christianini diz que apenas as negociações de Mazzola e Chinesinho, craques do clube nas décadas de 1950 e 1960, foram semelhantes à do atual camisa 33

(Foto: Divulgação/Palmeiras)
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O Palmeiras aceitou a proposta de 32 milhões de euros (R$ 117 milhões) do Manchester City (ING) por Gabriel Jesus. Essa é, de longe, a maior venda da história do clube em números absolutos. Para Jota Christianini, conselheiro e dono de um vasto trabalho como historiador do Verdão, a transação só se compara às de Mazzola e Chinesinho, nas décadas de 1950 e 1960, ambas para a Itália.

– É difícil comparar a parte financeira entre épocas diferentes, então analiso o retorno que o clube teve. As maiores vendas da história do Palmeiras foram as de Gabriel Jesus, Mazzola e Chinesinho - disse Jota.

- Com a venda do Mazzola, o Palmeiras montou o timaço de 1959. Trouxe jogadores como Djalma Santos, Julinho Botelho, Ênio Andrade e o próprio Chinesinho. Quando o Chinesinho saiu, o clube comprou 13 jogadores. Dizem que o dinheiro foi usado para reformar arquibancada, mas foi para montar a primeira Academia de Futebol – completou.

O centroavante Mazzola, autor de 85 gols em 114 jogos, jogou no Palmeiras de 1956 a 1958. De acordo com o site oficial do clube, sua venda saiu por 30 milhões de cruzeiros, embora ele não tenha conquistado títulos.

Há quem compare o talento do ponta-esquerda Chinesinho com o de Ademir da Guia, que só assumiu a titularidade depois de sua ida para o Modena - registros da época dizem que o negócio saiu por 130 milhões de cruzeiros. Contratado do Internacional, ele fez 242 jogos e 55 gols com a camisa alviverde, de 1958 a 1962. Conquistou, entre outros títulos, o Paulista de 1959 e a Taça Brasil de 1960. 

Ao contrário dos antecessores, Gabriel Jesus tem seus direitos econômicos fatiados. O Palmeiras espera ficar com 20,7 milhões de euros (R$ 76 milhões), mas ainda corre o risco de precisar repassar 7,2 milhões de euros (R$ 25,9 milhões) a Fábio Caran, ex-agente do garoto. O clube o acionou na Justiça sob a acusação de ter vendido sua parte a terceiros sem prévio aviso, o que é proibido por contrato. Enquanto não há uma definição, o Verdão promete não repassar nada a ele.


A maior venda recente de um jogador do Palmeiras foi a de Keirrison ao Barcelona, em 2009, por 15 milhões de euros, mas a maior parte do dinheiro ficou com a Traffic. Em 2008, Diego Cavalieri foi para o Liverpool por 4 milhões de euros, metade do valor pago pelo Al Ain por Valdivia. Em 2004, o CSKA pagou 9 milhões de dólares por Vagner Love. Em 2000, as vendas de Alex, para o Parma, e Roque Júnior, para o Milan, superaram os 15 milhões de dólares.