Alejandro Guerra e Miguel Borja têm números impressionantes quando estão juntos. Nas 15 partidas em que a dupla foi formada no Atlético Nacional (COL), o atacante colombiano marcou 13 gols, sendo oito com a participação do meia venezuelano, que balançou a rede uma vez. Foi pensando neste entrosamento que o Palmeiras contratou os dois, mas eles ainda não tiveram a chance de jogar juntos pelo novo clube. A primeira vez deve ser no Choque-Rei deste sábado, às 16h, no Allianz Parque.
O adversário desta tarde foi uma das vítimas da dupla. As duas primeiras partidas de Borja pelo Atlético Nacional foram contra o São Paulo, na semifinal da Copa Libertadores do ano passado, e o desempenho não poderia ter sido melhor: dois gols na vitória por 2 a 0 no Morumbi e outros dois na vitória por 2 a 1 em Medellín. Guerra participou da jogada do primeiro gol do companheiro em São Paulo e fez o cruzamento que Carlinhos cortou com a mão no jogo de volta, originando pênalti que o goleador converteu.
Guerra deu três assistências diretas para Borja, nas vitórias sobre Bolívar (1 a 0, pela Sul-Americana) e Santa Fe (4 a 1, pela Copa Águila) e no empate com o Coritiba (1 a 1, pela Sul-Americana). Foram outros três gols, além dos lances já citados contra o São Paulo, em que Guerra participou da jogada concluída por Borja.
O índice de aproveitamento dos dois juntos também é assustador: foram dez vitórias, quatro empates e apenas uma derrota, na semifinal do Mundial de Clubes do ano passado (3 a 0 para o Kashima Antlers, do Japão). Esta foi a última vez que os dois atuaram juntos, em 14 de dezembro do ano passado. Na disputa pelo terceiro lugar, Borja foi reserva e substituiu justamente Guerra na etapa final.
"O Guerra, fisicamente, talvez seja o atleta melhor preparado aqui. Temos controle de carga de treinamento, e é o atleta que gira mais alto em termos de volume, intensidade. Logo ele vai jogar. Fez dupla muito forte com o Borja no Nacional e esperamos que logo eles joguem juntos", disse Eduardo Baptista
Campeã da Libertadores do ano passado e finalista da Copa Sul-Americana, a dupla só não foi vista mais vezes porque Guerra fez uma cirurgia no joelho esquerdo em agosto do ano passado e perdeu algumas partidas.
No semestre em que defendeu o Atlético Nacional (COL), Borja somou 27 jogos e 17 gols ao todo - ele já havia encantado a Colômbia ao marcar 22 gols em 25 partidas pelo Cortuluá (COL), na primeira metade do ano passado. Guerra, por sua vez, fez 74 jogos pelo Nacional em dois anos e meio, com 15 gols marcados. Em 2016, foram dez gols em 34 jogos.
No Palmeiras, os números de Borja são mais empolgantes: dois gols em três partidas disputadas. Guerra, por sua vez, ainda não balançou a rede em quatro jogos pelo clube. O único jogo em que ambos atuaram foi a vitória por 3 a 1 contra o Red Bull, mas o meia participou do primeiro tempo e o atacante, do segundo.
Jogos em que Guerra e Borja jogaram juntos:
São Paulo 0 x 2 Atlético Nacional - 2 gols de Borja
Atlético Nacional 2 x 1 São Paulo - 2 gols de Borja
Independiente Del Valle 1 x 1 Atlético Nacional
Atlético Nacional 1 x 0 Del Valle - 1 gol de Borja
Atlético Nacional 1 x 0 Bolivar - 1 gol de Borja
Sol de América 1 x 1 Atlético Nacional
Atlético Nacional 2 x 0 Sol de América
La Equidad 1 x 3 Atlético Nacional - 1 gol de Borja
Santa Fe 1 x 4 Atlético Nacional - 2 gols de Borja
Coritiba 1 x 1 Atlético Nacional - 1 gol de Borja
Atlético Nacional 3 x 1 Coritiba - 3 gols de Borja
Cerro Porteño 1 x 1 Atlético Nacional - Expulsão de Borja
Junior Barranquilla 0 x 1 Atlético Nacional
Atlético Nacional 3 x 0 Millonarios - 1 gol de Guerra
Atlético Nacional 0 x 3 Kashima Antlers
Os gols que tiveram participação da dupla Guerra-Borja:
Libertadores - São Paulo 0 x 2 Atlético Nacional
Guerra foi fundamental na jogada que originou o primeiro gol de Borja pelo Atlético Nacional. Ele recebeu de Macnelly Torres no meio de campo, tocou de primeira para Marlos Moreno, recebeu de volta e devolveu novamente de primeira para Macnelly Torres, que fez a assistência para o centroavante. Borja ainda fez outro gol no mesmo jogo.
Libertadores - Atlético Nacional 2 x 1 São Paulo
O jogo estava empatado por 1 a 1 - já com um gol de Borja - quando Guerra invadiu a área pela direita e cruzou. Carlinhos cortou com a mão, o árbitro marcou pênalti e o goleador colombiano converteu.
Sul-Americana - Atlético Nacional 1 x 0 Bolívar
Guerra tabelou com Macnelly Torres na entrada da área e acionou Borja, que girou e bateu de pé direito, no canto do goleiro.
Liga Águila - La Equidad 1 x 3 Atlético Nacional
Guerra inicia a jogada do primeiro gol da partida, marcado por Borja. O camisa 18 conduz a bola pelo meio de campo e aciona Uribe, que rola na direita para Berrío chegar cruzando. Borja finaliza de cabeça e o goleiro defende, mas o artilheiro confere no rebote.
Liga Águila - Santa Fe 1 x 4 Atlético Nacional
Borja marcou dois gols nesta partida. No primeiro, ele sai da área para tabelar com Guerra, que abre na direita para Berrío. O atual flamenguista cruza para o camisa 9 definir com o pé esquerdo. No outro gol, Guerra recebe no meio de campo, passa por dois marcadores e serve Borja, que toca de esquerda na saída do goleiro.
Sul-Americana - Coritiba 1 x 1 Atlético Nacional
Mais uma vez, Guerra conduz a bola pelo meio de campo e aciona Borja na área. O goleador toca na saída do goleiro Wilson e marca o primeiro gol da partida de ida das quartas de final.
Sul-Americana - Atlético Nacional 3 x 1 Coritiba
Naquele que talvez tenha sido o melhor jogo de Borja pelo Atlético Nacional, Guerra participou do primeiro de seus três gols. O meia conduziu a bola na entrada da área e rolou para Macnelly Torres, que fez o pivô para o camisa 9 chegar batendo e vencer o goleiro Wilson.