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Diretoria montada por Maurício fortalece Mustafá no Palmeiras

Presidente homologou 49 diretores estatutários nessa quinta, e aqueles mais próximos de Paulo Nobre deixaram o cargo. Mandatário escolheu nomes por confiança e meritocracia<br>

(Foto: Cesar Greco)
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Maurício Galiotte nomeou na quinta 49 diretores estatutários e muitos deles já estavam na gestão de Paulo Nobre. Só que aqueles com ideias políticas mais próximas ao ex-presidente acabaram deixando o cargo, fortalecendo ainda mais Mustafá Contursi, figura forte no clube e que apoia a atual presidência.

Guilherme Pereira, ex-diretor jurídico, e Ricardo Galassi, ex-diretor de planejamento, por exemplo, são os que cuidam do processo na arbitragem contra a WTorre e da relação com a construtora. Ambos estão fora da nova diretoria. Guilherme foi quem deu base jurídica ao processo iniciado por Nobre de impugnação da candidatura de Leila Pereira ao Conselho Deliberativo, e consequentemente posicionou-se contra Mustafá, que diz ter dado o título de sócia à patrocinadora em 1996, prazo suficiente para ser candidata.

Luis Henrique Fronterotta, ex-diretor de planejamento, Augusto D'Alessio, ex-diretor de arena, são outros que deixaram a cúpula e apoiaram Paulo Nobre no caso com a patrocinadora. Alexandre Zanotta, diretor jurídico, é um dos poucos que continuam na diretoria, mesmo tendo concordado com o antecessor.

O caso que gerou a divisão na base que apoiou o governo de Paulo Nobre foi a votação para validar a candidatura de Leila ao Conselho. No último dia de sua gestão, o ex-presidente tentou impugnar a entrada da patrocinadora na política do clube, justificando que ela era sócia desde 2015 apenas. Mustafá contestou a ação. Na votação do CD para validar a eleição de Leila, portanto, foi basicamente uma disputa entre Mustafá e Nobre. A vitória do primeiro veio por aclamação, e Leila hoje é conselheira do Palmeiras.

Há uma corrente no clube de que a mudança na gestão de Maurício tem muita influência de Mustafá Contursi. Mas interlocutores do presidente justificam que ele fez a escolha baseado em nomes de sua confiança, meritocracia por tempo no clube e experiência administrativa. Segundo pessoas próximas ao dirigente, sua intenção é manter a filosofia da gestão em que foi vice por quatro anos, apesar de algumas mudanças.

Maurício, inclusive, manteve o comando de áreas consideradas decisivas na gestão: futebol, departamento administrativo, financeiro e jurídico. Ou seja, Alexandre Mattos, profissional contratado, segue no comando - não há diretor estatutário no futebol. No administrativo, Paulo Roberto Buosi foi mantido, assim como José Eduardo Luz Caliari no financeiro e Alexandre Zanotta no jurídico - Guilherme saiu.

Este racha político aparece, inclusive, entre os vices-presidentes. Dos quatro eleitos - Genaro Marino, Antonino Jesse Ribeiro, Victor Fruges e José Carlos Tomaselli -, Jesse está mais próximo de Galiotte, enquanto os três restantes vivem mais distantes. Exceto Tomaselli, ex-diretor administrativo e amigo de Paulo Nobre, os outros eram vices junto com Maurício nos quatro anos de gestão do ex-presidente, que hoje está afastado do dia a dia no Palmeiras.