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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 03/10/2022
22:32
Atualizado em 04/10/2022
09:27
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O Palmeiras saiu perdendo, mas conseguiu vencer o Botafogo por 3 a 1, no Nilton Santos, pelo Brasileirão, na última segunda-feira, para ampliar a vantagem na liderança e provar que o poder de reação da equipe segue forte. Contudo, apesar do saldo ser positivo, a expulsão de Zé Rafael poderia ter complicado a situação de um time que, no jogo, não tinha com o que se preocupar até aquele momento.

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Contra o Atlético-MG, na rodada anterior, o time comandado por Abel Ferreira estava repleto de desfalques, principalmente no meio-campo, sem Danilo e Zé Rafael, que cumpriram suspensão. Com isso, Mayke foi improvisado como uma espécie de ponta e meia, atuando à frente de Marcos Rocha, seu concorrente na lateral-direita.

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O camisa 12 foi tão bem que, apesar dos retornos dos jogadores de origem, Abel Ferreira seguiu apostando no seu poderio ofensivo e de cobertura na marcação, deixando Scarpa flutuando mais pelo meio e trazendo à tona a preocupação do clube em enfrentar cada jogo como uma final em busca do título.

A grande lição foi entender como o treinador português e seus comandados conseguem diferenciar posição de função dentro de um time. Ainda que a escalação tenha sido contestada de início, com dois laterais-direitos, a característica de cada um foi o que fez a equipe encontrar um equilíbrio e um elemento surpresa que funcionou. Rocha atuou mais na marcação, fazendo “o trabalho sujo”, enquanto Mayke foi para cima e criou chances no ataque. Arco e flecha.

Apesar de ter uma defesa sólida, que não se abalou facilmente mesmo saindo perdendo no Rio de Janeiro, os nervos palmeirenses mais uma vez estiveram à flor da pele. O deslocamento de alguns jogadores do Botafogo e a atuação do centroavante Tiquinho Soares, encheram as frias cabeças com panos quentes.

Zé Rafael foi o mais claro exemplo disso. O meia fez duas faltas com ideias semelhantes: parar o contra-ataque botafoguense. Primeiro, por trás, derrubou Júnior Santos por baixo e levou amarelo. Depois, escorregou e cometeu a infração em cima de Eduardo, que tentava avançar, recebendo o cartão vermelho no jogo em que retornou justamente de suspensão após estar pendurado.

O Palmeiras tinha o jogo nas mãos com o placar de 3 a 1 a favor – motivo o suficiente para que a equipe mantivesse a cabeça no lugar. Nos últimos onze jogos, o Verdão teve seis expulsões em momentos decisivos, o que faz com que um sinal de alerta seja emitido para a reta final do Brasileirão, onde todos os jogadores serão importantes na busca de um título inédito sob o comando de Abel.

Invicto fora de casa, o Verdão está há 20 rodadas consecutivas na liderança do Brasileirão, abrindo agora dez pontos de vantagem para o segundo colocado. Apesar de alguns contratempos, a capacidade de reação do time demonstra solidez e entrega, fatores capazes de justificar a primeira posição e o poder de decisão dos comandados de Abel em 'finais'. Agora só restam nove.

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