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ANÁLISE: Eliminação reuniu ‘combo’ de problemas que o Palmeiras ainda precisa corrigir

Além dos gols perdidos em excesso e da falta de peças para "mudar jogos", queda para o São Paulo ainda trouxe a antiga questão dos pênaltis perdidos que assola o Verdão

Gabriel Veron teve duas boas oportunidades, mas desperdiçou (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
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O Palmeiras viu o Allianz Parque ter um recorde histórico de público, mas o torcedor saiu de lá decepcionado com a eliminação para o São Paulo na Copa do Brasil. No entanto, o palmeirense mais frio e atento sabe aquilo que levou o time a cair precocemente na competição e foram problemas recorrentes que ainda não foram corrigidos. O combo veio de uma vez só, com pelo menos três questões evidentes.

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Com 12 minutos de jogo, o Verdão já havia pulverizado a vantagem são-paulina, que havia sido conquistada no jogo de ida. No entanto, quando parecia que o rolo compressor alviverde passaria por cima do rival novamente, a equipe recuou as linhas, diminuiu o ritmo e deixou o Tricolor se adaptar ao jogo. Ainda assim, os comandados de Abel Ferreira criaram chances e, como de praxe, desperdiçaram muitas.

É absurda a quantidade e o volume de oportunidades de gol criadas por esse time do Palmeiras, especialmente nesses jogos em casa. Acontece que é preciso aproveitar ao máximo essas chances e ser efetivo nas tentativas, pois uma hora ou outra o adversário vai conseguir achar uma brecha para poder converter. Basta um vacilo para que tudo o que foi construído seja dissolvido no gramado.

Foi isso que aconteceu na última quinta-feira. As oportunidades não foram aproveitadas, o adversário achou o gol que precisava e jogou um balde de água fria nos palmeirenses. Em muitas partidas, o Verdão perde tantas chances quanto perdeu contra o São Paulo, mas acaba vencendo e ofuscando o problema. Desta vez não deu.

Isso porque nem falamos do pênalti perdido por Raphael Veiga, que deixaria o placar em 3 a 0 e a classificação encaminhada. Antes 100% nas cobranças, o meia desperdiçou sua terceira consecutiva. Mas ele e Scarpa são exceções, pois as cobranças de pênalti desse elenco têm sido uma pedra no sapato. Mundial-2020, Supercopa-2021, Recopa-2021, Copa do Brasil-2021... Somente para falar da Era Abel. Todas derrotas nos pênaltis, algumas estando com a vitória "na mão".

A torcida já sabe, se for para os pênaltis, as chances de passar para a próxima fase ou ser campeão são baixíssimas. É um problema claro do elenco. Não foi a primeira e nem a segunda vez que a equipe caiu pelo péssimo desempenho nas penalidades. Foram 31 cobrados, 16 convertidos e 15 perdidos, pouco mais de 50% de aproveitamento. Não é possível levar vantagem com números tão medíocres. Passou a ser algo que definitivamente essa comissão técnica não corrigiu.

Mas as questões não param por aí. A partir do momento que o Palmeiras precisa do banco de reservas para buscar um resultado, o desequilíbrio do elenco fala alto. Quando o São Paulo marcou seu gol, não havia muito o que fazer. Saiu Gabriel Veron e entrou Breno Lopes, que está longe de ser um jogador ruim, mas não está no mesmo nível daquele que deixou o campo. Não é difícil de notar.

Não havia, por exemplo, um jogador para atuar como centroavante, já que Rony (que vem sendo improvisado há tempos) e Rafael Navarro estavam machucados. Mas a verdade é que essa posição sofre com falta de opções há mais de um ano, algo que somente será corrigido na semana que vem, quando Merentiel e López ficam disponíveis. Isso sem contar as opções para o meio. Com Scarpa e Veiga em campo, não há mais nenhum jogador para substituí-los.

Em resumo, os problemas iriam "gritar" em algum momento e, contra o São Paulo, eles gritaram em um combo contra o qual o Palmeiras não conseguiu força suficiente para combater. Falta de pontaria, elenco curto, desempenho péssimo nos pênaltis... Não importa, por melhor que o time seja, por mais bem treinado que a equipe esteja, o futebol não perdoa alguns desaforos, e o Verdão exagerou na dose.