A semana de preparação do Palmeiras antes da histórica classificação diante da LDU foi marcada por promessas de Abel Ferreira. Entre elas, a de uma noite mágica no Allianz Parque, palco acostumado a grandes exibições na Libertadores. Dominante do início ao fim, o Alviverde foi as redes duas vezes em cada etapa, todas elas com participação do treinador.

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Com a missão de reverter grande desvantagem, Abel Ferreira optou por modificar o esquema tático e formar uma linha defensiva com três zagueiros. Apesar de nervoso no início, Gustavo Gómez venceu praticamente todos os duelos em que se envolveu. Bruno Fuchs foi um dos responsáveis por iniciar as jogadas, enquanto Murilo cobria os espaços e combatia em linha alta.

Ramón Sosa ganhou a vaga de Felipe Anderson entre os titulares, assim como o jovem Allan, que atuou como ala pela direita. Pelos pés da dupla saiu o gol que abriu o caminho para a classificação, após belo cruzamento da Cria da Academia.

Promovido ao profissional ainda nesta temporada, o jovem foi o principal destaque em meio a um elenco estrelado e ganhou força na corrida pela permanência na decisão diante do Flamengo. Se foi dele o início da catarse, também partiu de seus pés a jogada do pênalti convertido por Veiga, o último dos quatro gols no Allianz Parque.

O camisa 23 saiu do banco de reservas, em mais uma aposta certeira de Abel Ferreira, e mudou o ritmo do meio de campo. Em jogada que ele próprio iniciou, chegou à pequena área para finalizar e eliminar a desvantagem diante da LDU. Em meio a um período de oscilações, Veiga voltou a mostrar por que é um dos jogadores mais decisivos do clube no século.

Vitor Roque e Flaco López não contribuíram com gols, mas foram importantes na pressão pós-perda e na amplitude da equipe em campo, que encurralou o rival. Apesar de não ser uma novidade recente, a dupla como titular foi mais uma aposta certeira de Abel Ferreira, com o argentino liderando a artilharia da equipe.

Entre os jogadores que participaram da classificação, Carlos Miguel foi o menos exigido, o que evidenciou a dominância do Palmeiras sobre os equatorianos. Ao todo, a posse de bola ficou 68% do tempo com os mandantes, que permitiram apenas dois chutes na meta do goleiro alviverde.

Raphael Veiga comemora gol do Palmeiras sobre a LDU, no Allianz Parque, pela Libertadores (Photo by Miguel SCHINCARIOL / AFP)

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As estatísticas da partida traduzem a goleada construída ao longo dos 90 minutos, enquanto a torcida foi o combustível para manter vivo o sonho do tetracampeonato. Abel Ferreira, mais uma vez, pediu o apoio e recebeu de forma incondicional. Na véspera, houve aglomeração no estádio para acompanhar o treino aberto; no dia do jogo, corredor verde e apoio incessante dentro do Allianz.

Todas as principais decisões de Abel Ferreira durante a última semana se mostraram acertadas. O resultado, talvez, represente sua maior vitória à frente do Palmeiras. Agora, resta pouco menos de um mês para ajustar os últimos detalhes, em meio à corrida pelo título do Brasileirão, antes de encarar o Flamengo em Lima.

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