FILADÉLFIA (EUA) - O grito de euforia de Paulinho após o gol do Palmeiras na prorrogação foi transmitido para os torcedores, que trocaram a angustia pela alegria e seguiram, a plenos pulmões apoiando, assim como em todas as cidades visitadas pelo clube nos Estados Unidos.
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Trinta minutos foram suficientes para a segunda maior contratação da história do clube decidir. De novo. Assim como fez no confronto com Messi, sendo vital para as aspirações do Palmeiras no torneio. O jejum contra os cariocas de cinco partidas, por sua vez, caiu por terra — justo no duelo de maior importância entre as equipes, que já protagonizaram embates épicos.
— não posso usar o Paulinho por mais de 30 minutos. e ponto, não vou falar mais do que isso. Quando tem entrado, nos ajuda muito e vamos usar quando pudermos. Cabe a mim decidir quando colocá-lo — afirmou o português
A última vitória surgiu justamente em um desses encontros, impulsionada pelo brilho de Endrick e pela força silenciosa da resiliência, que acompanha Abel Ferreira desde os primeiros passos à frente do Palmeiras.
O futebol do Palmeiras finalmente apareceu, assim como a classificação. O caminho, no entanto, será ainda mais tortuoso, com os desfalques de peso acumulados contra os cariocas. Gómez expulso e Piquerez se juntam a Murilo como ausências, e Abel Ferreira terá que reformular o sistema defensivo, justamente o ponto alto de seu trabalho de mais de cinco anos.
Banco de reservas volta a ser decisivo
Todos os gols do Palmeiras neste Mundial de Clubes, quatro ao todo, foram marcados por jogadores que começaram no banco de reservas. Para alguns, isso evidencia a profundidade do elenco alviverde, que recebeu investimentos de quase meio bilhão de reais na última janela.
Para outros, revela a dificuldade de Abel Ferreira em acertar a escalação inicial ao longo da competição. Uma coisa, no entanto, é certa: o banco de reservas, assim como a torcida, tem sido o principal aliado do Verdão em solo norte-americano até aqui.
+ Banco decisivo do Palmeiras expõe indefinições de Abel no Mundial
Palmeiras e a capacidade de revelar jogadores
O Palmeiras iniciou a decisão contra o Botafogo com dois jovens formados na Academia de Futebol entre os titulares: Allan e Estêvão. Ambos foram responsáveis por ditar o ritmo do primeiro tempo. A falta de foco do camisa 41, seguida de críticas, se transformou em combustível que acelerou os comandados de Abel no Lincoln Financial Field.
Na hora em que a dupla se despediu do gramado, outra cria apareceu: Luighi. Mesmo sem espaço no profissional, o atacante recebeu uma oportunidade de ouro no palco mais importante do futebol mundial em 2025 — e correspondeu à altura.
O trabalho de formação se traduz em desempenho dentro de campo que, por sua vez, se transforma em receita para os cofres do clube, acostumado a vender suas joias por dezenas de milhões de euros.