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Juliana Yamaoka
São Paulo (SP)
Dia 24/06/2025
15:38
Atualizado há 15 minutos
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Único representante da Oceania no Mundial de Clubes da Fifa, o Auckland City acumula 12 participações no antigo formato do torneio.

A equipe da Nova Zelândia entra em campo nesta terça-feira (24) para encerrar sua participação na competição, diante do Boca Juniors, da Argentina, em Nashville. O time foi derrotado na estreia pelo Bayern de Munique por 10 a 0 e, na sequência, perdeu por 6 a 0 para o Benfica, de Portugal.

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Titular no duelo contra os portugueses, o lateral-direito Adam Bell iniciou sua trajetória longe dos holofotes e distante de uma oportunidade em uma equipe profissional.

Aos 12 anos, o neozelandês participou de um intercâmbio no Colégio Santa Cecília, em Santos, com o objetivo de conhecer um esporte até então pouco difundido em seu país: o futsal.

O projeto, idealizado em 2016 pelo professor Callum Christopher, levou cinco jovens da Nova Zelândia à cidade do litoral paulista — entre eles, Bell, hoje com 21 anos e titular do Auckland City na atual edição do Mundial de Clubes da FIFA.

Durante a estadia no Brasil, os atletas participaram de treinos nas quadras do colégio e visitaram o CT Rei Pelé. Na ocasião, Bell teve a oportunidade de conhecer jogadores como Elano e Lucas Lima. A iniciativa nasceu da parceria entre o professor neozelandês e Fabrício Monte, então técnico de futsal do Santa Cecília.

Adam Bell compartilhou em suas redes sociais as experiências com jogadores do Santos, no CT Rei Pelé. (Foto: Divulgação/ Instagram)

Time amador no Mundial:

A rotina do jogador, no entanto, vai muito além das quatro linhas. Com o futebol ainda amador na Nova Zelândia, Bell equilibra a carreira com os estudos em Administração e o trabalho em uma loja de jardinagem e materiais de construção.

Para disputar o Mundial, precisou tirar licença do emprego e chegou a realizar uma prova de vestibular no hotel da delegação, dois dias após o duelo contra o Bayern.

— Ninguém na minha família jogava futebol de verdade. Meus irmãos odiavam, mas eu continuei. Minha mãe me apoiou o tempo todo. É um privilégio estar aqui como jogador de futebol maori, sei que meus ancestrais ficariam orgulhosos — contou Adam em um conteúdo divulgado pelo Auckland City.

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