COLÚMBIA (EUA) — O adversário do Fluminense nas oitavas de final do Mundial será a Inter de Milão. Classificados em primeiro do Grupo E, os italianos, vice-campeões da Champions League, são os favoritos para levar a vaga. A decisão será na segunda-feira (30), no Estádio Bank of América, situado em Charlotte, na Carolina do Norte.
Contudo, Renato Gaúcho comentou repetidas vezes em suas coletivas que jogará com coragem para ganhar e que, como foi nos duelos anteriores, estudará os detalhes de seu adversário. Como todo time, a Inter também possui pontos de fragilidade a serem explorados. O Lance! analisou.
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Como joga a Inter de Milão?
A Inter passou por uma mudança recente no comando técnico, com a saída de Simone Inzaghi e a chegada de Cristian Chivu. Ex-jogador do clube, Chivu iniciou sua carreira como treinador nas categorias de base do clube, proporcionando um conhecimento aprofundado da filosofia e história da casa. Apesar da troca, o estilo de jogo não sofreu alterações drásticas.
A equipe joga em um 3-5-2 — semelhante ao Borussia Dortmund —, explorando a movimentação de seus alas: Dimarco pela esquerda e Dumfries pela direita, que conferem amplitude e profundidade. O meio-campo se destaca pela capacidade de construção e pela intensidade, essenciais para o dinamismo do time. Além disso, conta com Alessandro Bastoni, zagueiro construtor que possui papel importante na saída de bola e na transição ofensiva.
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Na ausência de Marcus Thuram, o parceiro de ataque de Lautaro Martínez tem sido o jovem Francesco Esposito. Assim como o francês, Esposito é um atacante alto, com excelente noção de espaço na área. Sua capacidade de receber a bola em boa posição, tanto dentro quanto fora da área, o torna um pivô valioso para os jogadores que chegam de trás.
Na era Inzaghi, a Inter era extremamente forte nas bolas paradas, tanto defensivamente quanto ofensivamente. Zagueiros como Acerbi (1,92m) e Bastoni (1,90m) são mestres do jogo aéreo e difíceis de serem superados nas disputas pelo alto.
Um ponto chave na armação são as inversões de jogo. Com os alas abrindo o campo e esticando a linha defensiva adversária, o time busca atrair o oponente para um lado do campo para, em seguida, realizar uma inversão rápida com um passe longo. Esse passe mira um dos alas ou o atacante de referência, que, por sua vez, pode servir como pivô para jogadores que se oferecem no corredor oposto, criando espaços e desorganizando a defesa adversária.
O que o Fluminense pode fazer para superar a Inter?
Por possuir um esquema tático semelhante ao do Borussia Dortmund, Renato poderá aproveitar parte de estratégia que funcionou na estreia. O time titular com três meias intensos e marcadores pode ser chave para que o Flu consiga mitigar os riscos pelo setor, assim como a presença de Everaldo e Canobbio.
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O centroavante possui boa estatura e foi importante para pesar a linha defensiva alemã, às vezes descendo para fazer o pivô ou abrindo espaço para a infiltração de um companheiro. O uruguaio, por sua vez, apresenta um forte comprometimento tático e defensivo.
Em coletiva, o treinador triocolor explicou que os jogadores tendem a entrar mais atentos e concentrados em jogos cujo adversário é superior e isso ficou visível neste Mundial ao comparar a primeira e a segunda rodada. Diante do time alemão, o Fluminense foi uma equipe compacta, organizada e alerta. Contra o Ulsan, entraram desatentos e precisaram reagir para sair com a vitória.
Pelos corredores do campo, já que a Inter possui alas agudos, os laterais tricolores precisarão de inteligência para atacar, a fim de não expor demais a defesa. O Borussia também contava com jogadores fortes pelos lados, mas Renê e Samuel Xavier deram conta. Assim como eles, Thiago Silva e Freytes cuidaram para que Guirrassy não recebesse bolas em condição de finalizar, sendo soberanos nos duelos pelo alto.
Outro ponto importante será o balanço defensivo. Com as inversões de jogo da equipe de Milão, o Fluminense precisará de uma noção apurada de posicionamento, para fechar as linhas de passe pelo meio sem dar espaço pelos lados.
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Números do Fluminense no Mundial de Clubes:
- 3 jogos - 1V | 2E
- 55.5% de aproveitamento
- 4 gols marcados (1.3 por jogo)
- 2 gols sofridos (0.6 por jogo)
- 2 jogos sem sofrer gol (67%)
- 5 grandes chances criadas (1.7 por jogo)
- 2 grandes chances cedidas (0.7 por jogo)
- 40% de conversão em grandes chances
- 15 finalizações por jogo (4.3 no gol)
- 8 finalizações sofridas por jogo (3 no gol)
- 49.3% de posse de bola
‼️ Fluminense é a equipe que menos cedeu grandes chances para os seus adversários, empatado com Bayern e Internazionale.
*Dados do Sofascore