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Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porNathalia Gomes,
Dia 27/08/2025
09:34
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Yago Dora, atual líder do ranking mundial, celebrou o apoio dos torcedores brasileiros para o WSL Finals, competição que definirá o campeão de 2025. O evento acontecerá em um único dia entre 27 de agosto e 4 de setembro, em Cloudbreak, Fiji, dependendo das condições do mar. Além de três estrangeiros, Dora disputará o título contra seu compatriota Italo Ferreira.

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— Queria agradecer todo o suporte da torcida brasileira. A gente, com certeza, ganha muita energia com a torcida de vocês. A gente sente todo o calor, amor que vocês têm pelo esporte, o amor de ver a gente vencendo e conquistando os eventos. Tem sido muito legal sentir isso — afirmou Dora.

E o apoio não pode cessar, principalmente nessa etapa decisiva da temporada. Em busca do título inédito, o surfista brasileiro aproveitou para pedir que a torcida acompanhar as disputas em Fiji pela WSL Finals. A vantagem é de Dora, que precisa vencer apenas uma bateria para se tornar campeão mundial.

— Quero pedir que a galera continue acompanhando, continue torcendo pela gente agora no final da temporada, no WSL Finals. Hora decisiva, então, acompanhem e mandem aquela energia que vai ajudar muito a gente com certeza — disse.

WSL Brasil lança campanha para torcida

A WSL criou a campanha #BrasilnoWSLFinals para mobilizar os brasileiros em apoio a Dora e Ferreira durante a competição. A iniciativa busca gerar uma onda de mensagens nas redes sociais durante as baterias decisivas, transformando o apoio dos fãs em uma força coletiva nas plataformas digitais.

Presidente da WSL na América Latina, Ivan Martinho destacou a importância deste momento para o surfe nacional. A "Brazilian Strom" se mantém no topo dos rankings na elite do esporte mundial. Nesta decisão, dois brasileiros se destacam entre os cinco classificados.

— O surfe brasileiro vive um momento histórico, podendo conquistar um inédito octacampeonato e a nossa torcida sempre foi parte essencial dessa jornada. Com a campanha #BrasilnoWSLFinals, queremos unir o país em uma só voz para apoiar Yago Dora e Italo Ferreira, mostrando ao mundo a paixão e a força que fazem do Brasil uma potência nesse esporte tanto dentro como fora da água — afirmou.

Campanha da WSL Brasil para as finais da competição (Foto: Divulgação/WSL)

WSL Finals promete muita ação

O formato da competição coloca Dora diretamente na bateria final. Ferreira enfrentará um caminho mais longo, começando na primeira rodada contra o australiano Jack Robinson. Se avançar, terá pela frente o americano Griffin Colapinto e, posteriormente, o sul-africano Jordy Smith, antes de poder enfrentar seu compatriota na decisão.

As regras estabelecem que, se Dora vencer a primeira rodada da bateria final, já garante o título mundial. Caso perca, precisará vencer as duas "rodadas" seguintes para conquistar o troféu.

Em seu último ano no circuito, já que em 2026 a decisão será por pontos corridos, a etapa da "WSL Finals" terá um formato diferente na atual temporada. A competição, então, acontecerá em forma de mata-mata a partir da sua posição do ranking.

Bateria 1: 5º lugar x 4º lugar
Bateria 2: 3º lugar x vencedor da bateria 1
Bateria 3: 2º lugar x vencedor da bateria 2
Bateria final: 1º lugar x vencedor da bateria 3

"Brazilian Strom" na WSL

O Brasil conquistou sete títulos mundiais em dez temporadas disputadas entre 2014 e 2024. Gabriel Medina venceu três vezes (2014, 2018 e 2021), Filipe Toledo foi bicampeão (2022 e 2023), enquanto Adriano de Souza (2015) e Italo Ferreira (2019) também alcançaram o topo. A competição não foi realizada em 2020 devido à pandemia de Covid-19.

Desde a implementação do formato Finals pela WSL em 2021, o Brasil só não conquistou o título mundial no ano passado. Medina venceu na estreia do formato, seguido por Toledo nas duas edições seguintes.

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No feminino, nenhuma brasileira conseguiu vaga para as finais, apesar do bom desempenho de Luana Silva, que terminou na décima posição do ranking. As cinco surfistas classificadas são Molly Picklum da Austrália, Gabriela Bryan do Havaí, Caitlin Simmers e Caroline Marks dos EUA, e Bettylou Sakura Johnson, também do Havaí.

O WSL Finals 2025 em Cloudbreak marca o encerramento de uma era no surfe competitivo. A partir de 2026, o campeão mundial será determinado pelo total de pontos acumulados nas etapas ao longo do ano, retornando ao sistema tradicional que vigorou por décadas no esporte.

Análise dos adversários de Yago Dora

No centro de tudo isso está Yago Dora, de 29 anos, vivendo a melhor fase da carreira. Atual número 1 do ranking, ele conquistou vitórias marcantes em Portugal e Trestles, além de um vice-campeonato em Jeffreys Bay. Pela primeira vez na liderança da classificação geral, o catarinense chega com a prestigiada lycra amarela, símbolo do surfista a ser batido. A vantagem é real, mas o desafio promete ser dos maiores, e o título mundial pode ser decidido por detalhes.

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O sul-africano Jordy Smith, de 37 anos, é o mais experiente do grupo e chega à Califórnia embalado por um grande ano, com vitórias em El Salvador e Margaret River. Duas vezes vice-campeão mundial, ele busca, mais do que nunca, o título inédito que escapou por pouco em outras temporadas.

Logo atrás dele no ranking, o norte-americano Griffin Colapinto, de 27 anos, disputa o Finals pelo terceiro ano consecutivo. Consistente ao longo da temporada, o californiano garantiu sua vaga com vice-campeonatos em Margaret River, no Rio Pro e em Teahupo’o, resultado que selou sua classificação. Griffin, inclusive, venceu nesta mesma praia no ano passado e conhece, como poucos, as características da famosa "Cloudbreak".

Ítalo Ferreira no WSL Finals de 2024 (Foto: Thiago Diz / WSL)

O australiano Jack Robinson, também com 27 anos, é outro nome que pode surpreender. Especialista em ondas pesadas e considerado um dos melhores tube riders do circuito, ele chega embalado por conquistas expressivas em Bells Beach e no Tahiti Pro, este último com uma vitória decisiva que garantiu sua presença na etapa final.

Fechando o top-5 está o potiguar Ítalo Ferreira, de 31 anos, campeão mundial em 2019 e dono do ouro olímpico nos Jogos de Tóquio 2020. O brasileiro começou a temporada com vitória em Abu Dhabi e retorna ao Finals pela terceira vez na carreira, disposto a recuperar o topo do mundo. Apesar de largar de trás, Italo carrega a experiência, a garra e o histórico de atuações memoráveis, o que faz dele um adversário perigoso em qualquer condição.

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