Mais Esportes

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

A tecnologia chega ao tradicional mundo da vela

A Semana de Vela de Ilhabela conta com o Lexus/Chroma na classe ORC, um barco totalmente feito de fibra de carbono e kevlar

Carolina Alberti
Escrito por

Em meio à barcos feitos de madeira, o Lexus/Chroma chama a atenção. Competindo na classe ORC, o barco preto e branco é inteiramente feito com fibra de carbono e kevlar - mesmo material usado nos carros de Fórmula-1. Com 11 tripulantes à bordo, sob o comando do empresário Luis Gustavo de Crescenzo, o barco chega a um custo de um milhão de reais em manutenção apresenta peculiaridades em relação aos convencionais, o que torna o seu comando mais específico.

O comandante da embarcação que terminou em 12º na Semana de Vela de Ilhabela explica que o barco é bem mais leve, sendo oco por dentro. Além disso, é mais complicado de dirigir.

- Ele é um projeto todo feito na regra da ORC. Não dá para sair com este barco para passear. Ele é oco, não tem banheiro nem cama. É um barco exclusivamente racer. A velejada dele também é muito diferente de um barco comum. Pessoas que velejam barcos comuns não se dão bem nesse e visse versa. Nós não conseguiríamos tirar um bom desempenho num barco comum - explica Gustavo, que completa:

- Ele é muito mais complicado. Enquanto um barco comum, para você fazer uma manobra, tem um cabo (escota) para mudar de um lado para o outro, esse, além de mudar essa escota, você ainda ajusta oito pontos em cada vela e em um barco comum você ajusta um ponto só. 

Sobre o resultado na competição, Crescenzo vê a mescla de barcos como uma dificuldade. 

- O nosso barco ele foi concebido para correr na ORC internacional A e na ilha eles estão misturando. Isso interfere um pouco nos resultados reais, porque a regra não consegue identificar muito bem os barcos se você não puser todos os dados da regata. Como aqui está um pouco misturado, a gente ficou um pouco abaixo da tabela.

Por ser feito com um material distinto, o barco precisa de cuidados especial. Além de cobrir a vela com uma capa para evitar exposição ao sol, já que ela também é feita de fibra de carbono, também é necessária uma revisão diária.

- É um barco que exige muito cuidado. Toda vez que a gente chega da regata, tem que olhar todos os pontos, todas as peças. Você tem que ter um cuidado acima do normal com o barco e, entre regatas, tem que estar treinando o tempo inteiro e achando novos pontos, novas formas de velejar. Não é fácil, mas é gratificante.

O empresário conta que começou a velejar no início dos anos 2000 por influência de um amigo, hoje falecido. 

- Eu sempre gostei muito de barco e de mar. Um grande amigo meu, que começou na vela comigo no começo dos anos 2000 que já faleceu que me colocou nisso. Ele queria muito velejar e sempre falava para eu comprar um barco com ele para velejarmos. Fui relutante até 2002/2003 aí acabei cedendo, comecei a velejar com ele e me apaixonei pelo esporte. Daí em diante, me envolvi cada vez mais até chegar aqui - relembra.

Empresário na Chroma, uma das patrocinadoras do barco, Gustavo explica que esta patrocínio é comum e não vê problemas, caso não haja 'sinergia entre as empresas'. Além disso, essas competições são pontos de encontro entre CEOs.

- Geralmente essas regatas e esses campeonatos, os empresários se conversam e você acaba tendo um fomento de negócios. A gente une o útil ao agradável aqui, o que é muito legal. 

Com a meta de disputar todas as competições de vela no Brasil no ano que vêm, o comandante vê a prova de Ilhabela como uma das melhores do país. 

- Fantástica. Realmente este evento de vela no Brasil, eu acho que é disparadamente o melhor do Brasil e um dos melhores da América Latina. Eu acho que perde, e por muito pouco, para as regatas do Caribe.