O ex-jogador da NBA Lucas Bebê, que atuou pelo Toronto Raptors entre 2014 e 2018, alcançou o objetivo de qualquer jogador de basquete. Contudo, esse sonho durou pouco. Em entrevista exclusiva ao Lance!, o brasileiro é sincero sobre os motivos para sua carreira na liga americana ter sido mais curta do que poderia.
— Eu não sou vítima. Eu sei que o meu jeito de ser me fecharam portas. Se você tiver uma das duas reputações ruins da Liga dizem que você não consegue trabalho: ser Lazy, preguiçoso, ou soft, arregão, pipoqueiro. Eu sou preguiçoso — assume.
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Lucas foi escolhido pelo Boston Celtics no Draft de 2013, mas logo foi trocado pelo Atlanta Hawks, onde ficou pouco tempo, até jogar sua primeira partida oficial da NBA pelo Toronto Raptors.
— A galera não vê a ética de trabalho que o americano tem e que o brasileiro não tem. Eles juntam talento, com ética de trabalho e estrutura física — completou.
Além disso, o pivô sofreu algumas lesões ao longo da carreira. Duas cirurgias no joelho e também retirou a vesícula. A primeira cirurgia quase lhe custou a vida.
— Na primeira cirurgia, pô, quase morri. Tive trombose. Daí, fiquei fudidaço. Fiquei, pô, 7 meses de anticoagulante. Daí, perdi um ano e meio de recuperação em tudo, porque atrasou até a minha segunda cirurgia.
Na reta final da carreira, voltou para o Brasil, especialmente para jogar ao lado do amigo Bruno Cabloco, cumprido uma promessa de anos.
— Eu prometi que a gente encerraria junto. Ele é meu padrinho de casamento, eu sou padrinho do filho dele e ele da minha. A gente é muito amigo e encheu o meu saco. Então, fui jogar o Campeonato Paulista com ele no São Paulo.
De jogador da NBA a comentarista
Atualmente, o ex-jogador mudou de vida. Iniciando sua trajetória como comunicador, no novo projeto da NSports, o programa Central do Basquete, ao lado de Marcela e Fernando Medeiros.
— Hoje, estou focado em aproveitar essa oportunidade e me tornar o melhor comunicador do que for que seja, tipo assim, do Brasil, do mundo, o melhor que eu possa vir a ser, mas eu quero agarrar com todas as oportunidades essa chance que me deram. Às vezes, nem eu acredito também onde eu cheguei.