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Editorial: As responsabilidades do novo ministro do Esporte

O governo precisa recuperar o tempo perdido e fazer da Rio 2016 não o fim de um ciclo, mas o ponto de partida para a construção de uma política esportiva de estado

Leonardo Picciani é o novo ministro do Esporte (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Às vésperas de sediar os Jogos Olímpicos o Brasil ganha um novo ministro do Esporte.

A responsabilidade que recai sobre os ombros do carioca Leonardo Picciani não é pequena. O novo ministro não pode ser mais um daqueles políticos que, no toma-lá-dá-cá rasteiro dos gabinetes do Planalto, senta-se à cadeira apenas para acomodar as peças do jogo partidário ou, ainda pior, preocupado tão somente em satisfazer seus interesses privados e vaidades pessoais.

Os desafios da pasta são imensos.

O governo precisa recuperar o tempo perdido e fazer da Rio 2016 não o fim de um ciclo, mas o ponto de partida para a construção de uma política esportiva de estado, realmente voltada para massificação da prática, o apoio ao alto rendimento e a reforma das estruturas de gestão.

O Brasil tem muito a evoluir em todos os campos.

Em nossas escolas, os currículos não atendem sequer as exigências mínimas da ONU para a prática esportiva. Os professores e treinadores precisam de qualificação, de forma a tornarem-se, de fato, elementos propagadores dos valores do esporte. A maior parte, aliás, seja na rede pública, seja nas instituições privadas, não dispõe ao menos de instalações adequadas ao seu trabalho.

Não menos urgente é a necessidade de ações concretas para conter a violência em torno do futebol brasileiro, algo que até aqui não passou de promessas vazias de todos os que nos últimos anos ocuparam o cargo.

No âmbito político, merece apoio do executivo o projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados alterando a governança dos clubes e das entidades de gerência, com incentivo à formação de sociedades empresariais, requisito fundamental a um salto de patamar do futebol brasileiro. Vale destacar que o novo ministro votou a favor da lei que criou o Profut, sem dúvida um passo nessa direção.

A exemplo dos demais ministros que ontem assumiram seus cargos, o que espera-se de Leonardo Picciani, enfim, é que seja um formulador e implementador das transformações que a sociedade brasileira exige. Caberá a ele decidir que papel vai assumir nessa história.