Mais Esportes

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Universíade: mesmo usando varas emprestadas, brasileira vai à final

Como equipamento não foi entregue a tempo por cia. aérea, Juliana Campos disputou a  qualificatória com vara emprestada. Mas ela superou adversidade e avançou em primeiro 

Juliana Campos em ação nas eliminatórias do salto com vara da Universíade  (Thiago Parmalat/CBDU/Divulgação)
Escrito por

Independentemente do que acontecer nos próximos dias, a brasileira Juliana Campos já é protagonista de uma história de superação na Universíade, que reúne, em Nápoles, na Itália, a nata do esporte universitário mundial.

Atleta do salto com vara, Juliana teve de competir com varas emprestadas. Mesmo assim, conseguiu o que parecia improvável nesta terça-feira: não só avançou à final da modalidade, que será disputada na quinta-feira (11), como passou em primeiro, já que atingiu o índice de 4m10 (que determina as 12 finalistas) com menos tentativas - apenas dois saltos.  

- No final das contas acabei usando apenas uma vara, emprestada pelo técnico do time dos EUA. Mas muita gente se propôs a ajudar, desde a organização a outras delegações.  Todos entenderam esse dificuldade. 

Apesar dos esforços da CBDU (Confederação Brasileira do Desporto Universitário), o equipamento da atleta não chegou a Nápoles a tempo. Devido à burocracia das companhias aérea, as varas de Juliana só puderam ser embarcadas em São Paulo no domingo. E mesmo assim o equipamento ficou na escala em Lisboa. A previsão é que chegariam a Nápoles ainda nesta terça.

- Essa dificuldade de transporte das varas é algo que, infelizmente, é comum ao redor do mundo. Acho até que piorou. E afeta tanto os atletas de base como os de elite. É muito triste. Se continuar dessa forma, corre o risco até da prova se extinguir - diz Juliana, antes de pedir para que algo seja feito.  

- Não sei a quem podemos recorrer. Mas se fosse possível deveria haver um processo de legislação para garantir o embarque desse material esportivo.    

Na Universíade, Juliana possui a segunda melhor marca entre as 12 finalistas da modalidade, com 4,56 m obtida na Espanha, em 2018. Ela só fica atrás de Roberta Bruni, da Itália, que tem 4m60. Treinada por Elson Miranda, Juliana também irá representar o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Lima.

A 'MALDIÇÃO' DAS VARAS

Curiosamente, as oito varas são as mesmas usadas pela ex-campeão Fabiana Murer, maior nome da história do salto com vara feminino do Brasil. Tanto que a própria embalagem ainda tem estampado o nome de Murer (veja imagem abaixo). O motivo é simples. Por ser equipamento caro e sofisticado, as varas pertencem à Confederação de Atletismo e passam de atleta para atleta.  

E a coincidência maior é que Fabiana Murer também sofreu com um caso semelhante. As imagens dela desesperada procurando o equipamento na Olimpíada de Pequim são marcantes. Nos Jogos de 2008, suas varas foram perdidas pela organização. Ela se descontrolou e acabou tendo seu desempenho prejudicado em Pequim. 

Embalagem com equipamento do salto com vara (Reprodução)