Mais Esportes

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

CBDA é alvo de nova ação judicial por desvio de R$ 6,8 milhões

O presidente da entidade, Coaracy Nunes, e outros três dirigentes foram presos preventivamente na última quinta-feira

Coaracy Nunes é acusado de corrupção (Foto: Satiro Sodré/CBDA)
Escrito por

Além dos pedidos de prisão preventiva de quatro membros da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) - incluindo o presidente Coaracy Nunes - a última quinta-feira também contou com mais uma ação (do Ministério Público Federal em São Paulo) de improbidade administrativa contra dirigentes da entidade por desvios de recursos entre 2010 e 2015, apurados pela Operação Águas Claras.

As fraudes envolvem a contratação superfaturada de uma empresa de turismo e a apropriação de quantias destinadas à atletas ou para a realização de competições e preparação de equipes para a Rio-2016. Os danos no cofres públicos ultrapassam R$ 6,9 milhões.

Responderão pelo processo: o presidente da CBDA, Coaracy Gentil Monteiro Nunes Filho; o diretor financeiro da entidade, Sérgio Ribeiro Lins de Alvarenga; os coordenadores técnicos de Natação, Ricardo de Moura, e de Polo Aquático, Ricardo Gomes Cabral. Também são réus a Agência Roxy de Turismo, que protagonizou parte das irregularidades, e seu representante, o empresário Michael Bruno Wernie; as empresas F2 Viagens e Turismo e Mundi Tour Viagens e Turismo, que simularam concorrer com a Roxy em licitações da Confederação, e seus administradores, Flávio Ribeiro Correa e Yvanete Penna Trindade Silva.

A grande parcela dos recursos desviados provinha de convênios do Ministério do Esporte com a CBDA. A Roxy recebeu pagamentos de R$ 3,7 milhões em, pelo menos, quatro deles. A investigação constatou superfaturamentos referentes a passagens, hospedagens e traslados de atletas e comissões técnicas. O valor total atualizado do sobrepreço pago à agência ultrapassa R$ 628,7 mil. Segundo investigadores, todas as cotações de preço foram forjadas, incluindo propostas falsas da F2 e da Mundi.

Testemunhas afirmaram que há uma relação próxima entre Coaracy e o dono da Roxy. Email interceptados, com autorização judicial, revelaram que integrantes da CBDA atuavam juntamente à empresa para montar os orçamentos.

Esta é a segunda ação cível contra membro diretivos da CBDA. Em setembro do ano passado, a MPF processou Nunes e Sérgio Alvarenga por desvios de R$ 1,5 milhão em licitações fraudulentas para compra de material esportivo. Em ambas as ações, a Procuradoria pede que os envolvidos sejam condenados ao ressarcimento dos danos e ao pagamento de multas, além de outras sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8429/92).