O Brasil fez história no quarto dia de competições do Mundial de Atletismo Paralímpico, realizado na Índia. A delegação faturou 14 medalhas nesta terça-feira (30), sendo três de ouro, sete de prata e quatro de bronze. Além dos recordes quebrados, o dia ainda foi marcado por dobradinhas verde e amarela no pódio. Veja os resultados!

➡️ Tudo sobre os esportes Olímpicos agora no WhatsApp. Siga o nosso novo canal Lance! Olímpico

Beth conquista 2° medalha no torneio

A paulista Beth Gomes conquistou a medalha de prata no arremesso de peso F53 (que competem sentados) na madrugada. A brasileira teve como melhor marca 7,78m e foi superada somente pela mexicana Gloria Zarza, que fez 7,97m.

É a segunda medalha de Beth na Índia após o ouro no lançamento de disco e a oitava dela em Mundiais, sendo cinco ouros, duas pratas e um bronze.

Matheus Lima quebra recorde nos 100m

O paulista Matheus de Lima conquistou a medalha de prata nos 100m T44 (deficiência nos membros inferiores sem a utilização de prótese). O corredor fez a prova em 10s99 e cravou o novo recorde das Américas. O vencedor da disputa foi o saudita Naif Almasrahi, que fez 10s94, novo recorde mundial.

É a primeira medalha de prata do velocista – antes, Matheus só havia conquistado uma medalha de bronze também nos 100m em Paris 2023.

Mudial de Atletismo paralímpico (Fotos João Matos Cunha: Cris Mattos / CPB)

Claudiney confirma favoritismo

O mineiro Claudiney Batista era o favorito na prova do lançamento de disco F56 (que competem sentados) em Nova Déli e confirmou a previsão com 45,67m, chegando ao seu quarto ouro em Mundiais.

A marca do brasileiro foi mais distante que os 42,49m do indiano Yogesh Kathuniya, que ficou com a prata, e do grego Konstantinos Tzounis, bronze com 39,97m.

Claudiney havia vencido a mesma prova em Dubai 2019, Paris 2023 e Kobe 2024. Foi a oitava medalha de Claudiney em Mundiais, a sexta no disco – antes, havia obtido também a prata em Doha 2015 e o bronze em Lyon 2013.

3° prata do dia vai para a conta de Daniel Tavares

Na final dos 400m T20 (deficiência intelectual), o paulista Daniel Tavares Martins voltou a conquistar uma medalha ao cruzar a prova na segunda colocação, com o tempo de 47s50. O espanhol David Jose Mejia foi o vencedor da disputa, com 47s12.

Tricampeão mundial na prova (Doha 2015, Londres 2017 e Dubai 2019), o velocista de Marília (SP) havia sido medalha de prata na mesma disputa em Paris 2023 – apenas em Kobe 2024, não subiu ao pódio.

Ricardo garante 2° ouro no Mundial

O fluminense Ricardo Mendonça conquistou seu segundo ouro no Mundial de Nova Déli ao vencer a disputa dos 200m T37 (paralisados cerebrais) nesta noite da Índia (manhã no Brasil). Ele completou a prova em 22s77 e ficou à frente do compatriota Bartolomeu Chaves, do Maranhão, que fez 23s10.

O russo Andrei Vdovin, que havia vencido o brasileiro Ricardo Mendonça na final dos 200m nos Jogos de Paris 2024, levou o bronze, com 23s31.

É a segunda dobradinha brasileira em pódios na Índia. O paulista Christian Gabriel havia se classificado para a final da prova, mas sentiu uma lesão muscular após correr as eliminatórias e ficou fora da disputa por medalha.

Rayane fica com a prata

Após terminar na segunda colocação nos 100m T13 (deficiência visual), a maranhense Rayane Soares também conquistou a medalha de prata nos 200m, com o tempo de 25s24, sendo superada pela irlandesa Orla Comerford, que fez 24s71.

Foi a oitava medalha de Rayane em Mundiais, a terceira nos 200m – havia sido ouro em Kobe 2024 e prata em Dubai 2019 na mesma disputa.

João Matos leva ouro aos 17 anos

O fluminense João Matos Cunha, atleta mais novo da delegação brasileira em Nova Déli, com 17 anos e 10 meses, conquistou sua segunda medalha de prata na competição ao chegar na segunda colocação dos 100m T72 (petra) – antes havia sido prata nos 400m. Outro brasileiro envolvido na final, o paulista Vinicius Krieger terminou na quinta colocação, com 17s37.

João fez o tempo de 15s76 e ficou atrás somente do italiano Carlo Fabio Calcagni, que fez 14s80.

Edenilson Floriani quebra recorde no lançameto de dardo

O catarinense Edenilson Floriani conquistou a medalha de bronze no lançamento de dardo F44 (deficiência nos membros inferiores) e, de quebra, bateu o recorde mundial da sua classe por duas vezes na prova. Primeiro, atingiu 62,31m para depois finalizar em 62,36m na sua última tentativa.

A prova era agrupada com outras classes com atletas com deficiência menos severas. Com isso, o vencedor da prova foi o indiano Sandip Sanjay Sargar, com 62,82m. A medalha de prata ficou com o também indiano Sandeep, que fez 62,67m.

É a segunda medalha de Edenilson em Mundiais – havia sido bronze no arremesso de peso no Mundial Paris 2023.

Em prova polêmica, Fabrício sai com o bronze

Em uma prova marcada por reiniciar duas vezes, o sul-mato-grossense Fabrício Ferreira conquistou a medalha de bronze nos 100m T13 (deficiência visual) com a marca de 11s00.

Ele foi superado pelo japonês Shuta Kawakami, com 10s91, e pelo australiano Chad Perris, com 10s96. É a terceira medalha de Fabrício em Mundiais – havia sido prata nos 100m no Mundial Paris 2023 e bronze nos 100m em Dubai 2019.

Giovanna Boscolo faz prova cosistente

A paulista Giovanna Boscolo manteve a mesma posição que havia sido em Kobe 204 e ficou com a medalha de bronze no lançamento de club F32 (paralisados cerebrais), com a marca de 27,09m. A vencedora da prova foi a polonesa Roza KozaKowska, que fez 29,30m.

Outra brasileira envolvida na final, a amapaense Wanna Brito terminou na oitava colocação, com 21,84m.

Chuva de bronze

A paulista Verônica Hipólito cruzou a linha de chegada dos 100m T36 (paralisados cerebrais) na terceira colocação, com o tempo de 14s77. A vencedora da prova foi a neozelandesa Danielle Aitchison, que completou em 13s43.

Ela também havia sido bronze nos 100m em Kobe 2024. É a quarta medalha de Verônica em Mundiais.

Dobradinha brasileira

O sul-mato-grossense Yeltsin Jacques e paulista Júlio César Agripino conquistaram o ouro e a prata na final dos 1.500m T11 (deficiência visual), com os tempos de 4min02s02 e 4min05s61, respectivamente. Fedor Rudakov, de país neutro, completou o pódio com 4min06s51.

Júlio era o atual campeão mundial da prova, enquanto Yeltsin havia sido ouro na mesma prova em Paris 2023. É a terceira dobradinha do Brasil em pódios no Mundial de Nova Déli.

Yeltsin Jacques e Júlio César Agripino após conquistarem dobradinha no pódio do Mundial de atletismo paralímpico (Fotos: Cris Mattos / CPB)
Siga o Lance! no Google News