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Estudo aponta que hormônio liberado durante atividade física pode inibir o avanço do novo coronavírus

Dr. Rafael Fonseca, médico do esporte, opinou sobre grande estudo ligado à Covid-19 e prática de atividades físicas; saiba mais sobre

Dr. Rafael Fonseca, médico do esporte, opinou sobre o estudo ligado à Covid-19 (Foto: Reprodução TATAME)
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Já é comprovado que exercícios físicos trazem inúmeros benefícios à saúde física e mental das pessoas. No caso da Covid-19, um estudo feito pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) aponta que a atividade física pode inibir o avanço da doença. O estudo sugere que o hormônio irisina, liberado pelos músculos durante a atividade física, pode ter efeito terapêutico em casos de Covid-19. Ao analisar dados de expressão gênica de células adiposas, os pesquisadores observaram que a substância tem efeito modulador em genes associados à maior replicação do novo coronavírus em células humanas.

O artigo, publicado na revista “Molecular and Cellular Endocrinology”, descreve dados gerados no estudo de pós-doutorado de Oliveira, que analisou a ação da irisina e de hormônios tireoidianos em adipócitos. O trabalho contou com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Pesquisadora da Faculdade de Medicina da Unesp, Miriane de Oliveira explicou que o resultado representa uma sinalização positiva para a busca por tratamentos. Entretanto, ressaltou que são dados preliminares.

- A irisina é um hormônio produzido de modo endógeno pelos músculos quando praticamos atividade física contínua e é responsável pela transformação da gordura de cor branca considerada ruim, em gordura marrom. Esse processo favorece o gasto energético, o que torna a irisina um agente endógeno terapêutico para doenças metabólicas, como a obesidade - afirmou o médico do esporte Dr. Rafael Fonseca.

Por ser ativado e produzido através da prática regular de atividade física pode-se concluir que indivíduos obesos tendem a produzir menos irisina no organismo que indivíduos saudáveis não sedentários.

Por causa da pandemia, os pesquisadores decidiram investigar possíveis efeitos da irisina em genes relacionados à replicação do SARS-CoV-2. A partir do cruzamento de dados, eles descobriram que o tratamento com a irisina em células adiposas diminuiu a expressão dos genes TLR3, HAT1, HDAC2, KDM5B, SIRT1, RAB1A, FURIN e ADAM10, reguladores do gene ACE2 – fundamental para a replicação do vírus em células humanas. O ACE2 codifica a proteína a que o vírus precisa se ligar para invadir células humanas.

Outro fator importante observado foi o fato de a irisina poder triplicar um gene fundamental para proteção dos indivíduos, o TRIB3. Em levantamentos anteriores, foi observado que a diminuição desse gene ocorre principalmente nos idosos e pode estar relacionado à maior replicação do SARS-CoV-2, o que, consequentemente, aumenta o risco dessa população diante da atuação do coronavírus no corpo humano.