O salto com vara é uma das provas mais espetaculares do atletismo, combinando técnica, velocidade, força e precisão. A cada tentativa, o atleta precisa correr em alta velocidade, posicionar corretamente a vara e executar uma sequência coordenada de movimentos para superar o sarrafo — tudo em poucos segundos. O que é falta de paralela no salto com vara? O Lance! explica.
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Apesar da beleza do gesto atlético, a prova é regida por regras rígidas e detalhadas. Uma das infrações mais comuns, mas pouco compreendida por quem não acompanha o esporte de perto, é a chamada "falta de paralela", que pode invalidar uma tentativa mesmo que o atleta passe pela altura do sarrafo.
Esse tipo de erro está diretamente relacionado ao posicionamento do corpo e da vara em relação à estrutura da caixa de apoio. E como qualquer falha técnica, pode custar a eliminação precoce em uma competição.
Neste texto, vamos explicar o que é a falta de paralela, quando ela é aplicada e quais são as outras situações que resultam na anulação de um salto no salto com vara.
O que é falta de paralela no salto com vara?
A chamada falta de paralela ocorre quando o atleta posiciona a vara fora da área permitida da caixa de encaixe, especialmente de forma desalinhada em relação ao eixo central da pista. A caixa é um compartimento metálico no solo onde a vara deve ser encaixada, e seu uso correto é fundamental para a transferência de energia e para a segurança do salto.
O termo "paralela" refere-se ao alinhamento esperado entre o atleta, a vara e a direção da corrida. Se o atleta inserir a vara de forma torta, fora do eixo ou em um ângulo irregular, isso pode levar à anulação da tentativa. O erro compromete o equilíbrio e a execução correta do salto, podendo até colocar o atleta em risco de queda fora do colchão.
A falta de paralela é considerada uma falta técnica — diferente de infrações como derrubar o sarrafo ou recusar a tentativa. Ela pode ser identificada mesmo que o salto aparentemente pareça válido ao espectador.
Outras situações que invalidam um salto
Além da falta de paralela, há várias condições que podem levar à anulação de um salto com vara, segundo o regulamento da World Athletics. São elas:
- Derrubar o sarrafo: se o corpo do atleta ou a vara derrubarem o sarrafo durante a tentativa, o salto é inválido.
- Tocar o solo fora do colchão: se o atleta cair fora da zona de queda segura ou tocar o solo antes da chegada ao colchão, a tentativa é anulada.
- Desistência do salto: se o atleta interromper a corrida ou não realizar a tentativa dentro do tempo permitido (normalmente 30 segundos após ser chamado), o salto é invalidado.
- Erro na colocação da vara: como mencionado, se a vara for inserida fora da posição correta da caixa, especialmente desalinhada, é considerada falta.
- Uso de vara irregular: varas não regulamentares ou que não atendam ao padrão de flexibilidade e tamanho para a categoria também podem causar a desclassificação.
Essas regras garantem a padronização da prova, a segurança dos atletas e a integridade técnica da competição.
Como os árbitros identificam a falta de paralela?
Durante as competições, a área da caixa de encaixe é monitorada visualmente por juízes posicionados ao lado da pista. Eles observam atentamente o momento do encaixe da vara e a trajetória do salto. A falta de paralela costuma ser mais evidente em saltos com execução instável, em que a vara se desloca lateralmente ou o atleta cai desalinhado com o colchão.
A interpretação é baseada principalmente em critérios técnicos. Em eventos internacionais, a organização pode usar câmeras de apoio para confirmar a execução, especialmente em disputas onde os detalhes fazem a diferença.
Vale lembrar que, mesmo que o atleta não toque o sarrafo e pareça ter completado o salto, qualquer erro na fase de encaixe ou falta de controle corporal pode levar à anulação da tentativa.
Qual o impacto de uma tentativa inválida na competição?
Cada atleta tem direito a três tentativas por altura, e uma tentativa inválida — seja por falta de paralela, toque no sarrafo ou outro erro — conta como uma dessas três oportunidades. Se o atleta acumular três erros consecutivos, independentemente da altura, ele é eliminado da competição.
Por isso, além de força e técnica, o salto com vara exige consistência e precisão. Um erro técnico como a falta de paralela pode parecer pequeno, mas tem consequências severas no desempenho e no resultado final.