Vencer uma Copa do Mundo é o ápice da carreira para qualquer jogador. Pouquíssimos atletas conseguiram tocar na taça do Mundial pelo menos uma vez — e um número ainda menor conseguiu repetir o feito em mais de uma edição. Entre todos os jogadores que passaram pelo torneio desde 1930, apenas um nome ocupa um pedestal inalcançável: Pelé, o único tricampeão mundial da história. O Lance! lista os jogadores com mais títulos de Copa do Mundo.

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A conquista repetida é rara porque exige uma combinação quase perfeita de fatores: longevidade, consistência, ausência de lesões graves, talento individual altíssimo e, acima de tudo, pertencimento a uma geração dominante. É preciso atravessar dois ou três ciclos de Copa com desempenho de elite, algo que pouquíssimos jogadores conseguiram sustentar.

As seleções mais vitoriosas também ajudam a moldar esse ranking. O Brasil do período 1958–1970 e a Itália bicampeã de 1934–1938 são os grandes berços dos multicampeões. Em tempos mais recentes, apenas alguns brasileiros conseguiram entrar na lista, graças às campanhas de 1994 e 2002.

A seguir, veja quem são os jogadores com mais títulos da Copa do Mundo — começando pelo único que alcançou o topo três vezes.

Jogadores com mais títulos de Copa do Mundo

Pelé, o único tricampeão da história (1958, 1962 e 1970)

Pelé é, isoladamente, o maior vencedor da história das Copas. Nenhum jogador — brasileiro, europeu ou de qualquer outra parte do mundo — conseguiu igualar suas três conquistas: 1958, 1962 e 1970. O feito é tão extraordinário que permanece intacto há mais de meio século.

Em 1958, aos 17 anos, Pelé explodiu no cenário mundial com atuações decisivas, incluindo gols na semifinal contra a França e na final contra a Suécia. Em 1962, uma lesão o tirou da campanha ainda na fase de grupos, mas o título oficial o coloca entre os campeões. E em 1970, já como líder técnico da Seleção, comandou aquela que muitos consideram a maior equipe de todos os tempos, marcando na final contra a Itália.

Ser tricampeão do mundo não é apenas um feito estatístico. É a síntese de uma carreira incomparável — e que reforça Pelé como o maior jogador da história do futebol.

Jogadores bicampeões da Copa do Mundo

Se Pelé é o único com três títulos, um grupo seleto conquistou a Copa duas vezes. A maioria deles faz parte de duas eras muito específicas do torneio: a Itália dos anos 1930 e o Brasil entre 1958 e 1962. São gerações reconhecidas como algumas das mais fortes da história.

Os bicampeões do Brasil (1958 e 1962)

A Seleção que dominou o mundo no início dos anos 1960 produziu vários bicampeões, como:

Os bicampeões da Itália (1934 e 1938)

A Itália comandada por Vittorio Pozzo também formou seu grupo de multicampeões, entre eles:

Bicampeões da era moderna

Nas últimas décadas, apenas poucos jogadores conseguiram repetir o feito:

O bicampeonato moderno é ainda mais raro devido à rotatividade alta de seleções, evolução física e renovação constante de elencos.

Por que é tão difícil ganhar mais de uma Copa do Mundo?

A Copa do Mundo acontece a cada quatro anos, o que naturalmente limita o número de oportunidades para um jogador. Para vencer duas edições, é preciso atravessar ao menos oito anos de carreira em nível máximo — e para chegar a três edições, como Pelé, é preciso entregar desempenho de elite por mais de uma década.

Além disso, seleções passam por transições táticas, mudanças de comissão técnica e oscilações naturais de desempenho. O calendário de clubes aumenta o desgaste físico e reduz a longevidade. E, claro, vencer uma Copa depende de inúmeros fatores coletivos — uma lesão, uma expulsão, uma prorrogação inesperada podem alterar uma campanha inteira.

O peso histórico dos multicampeões

Os jogadores que aparecem na lista dos multicampeões não representam apenas conquistas individuais. Eles simbolizam eras, marcos e estilos que definiram o futebol mundial. Pelé e seus companheiros colocaram o Brasil no topo definitivo do esporte. Os italianos dos anos 1930 ajudaram a moldar o torneio em seus primeiros passos. Cafu e os campeões de 1994 e 2002 marcaram a última grande sequência da Seleção em Copas.

Mais do que títulos, esses jogadores carregam legados que atravessam gerações. São referências técnicas, táticas e emocionais — e cada um deles ajudou a escrever capítulos inesquecíveis da maior competição do planeta.

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