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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 06/05/2025
07:47
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A bola de futebol nem sempre teve o formato que conhecemos hoje. Nos primórdios do esporte, as bolas eram rudimentares e fabricadas com materiais como bexigas de animais infladas ou pedaços de couro costurados de maneira artesanal. O Lance! te explica como funciona o formato da bola de futebol.

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O formato da bola de futebol

Esses modelos iniciais eram irregulares, variavam de tamanho e formato, e muitas vezes se deformavam durante a partida. Isso dificultava o controle da bola e prejudicava a prática do esporte, que ganhava popularidade rapidamente.

Com a evolução do futebol como esporte organizado, cresceu a necessidade de produzir bolas mais resistentes, uniformes e estáveis. Foi a partir dessa demanda que surgiu o conceito dos gomos.

Por que a bola é feita de gomos?

O formato de gomos foi criado para resolver problemas de resistência, simetria e funcionalidade.

Ao unir pedaços de couro em formas geométricas, especialmente pentágonos e hexágonos, os fabricantes conseguiram criar bolas mais esféricas e duráveis. Essa estrutura permitia que a pressão do ar se distribuísse de maneira mais equilibrada dentro da bola, resultando em um quique mais previsível e um melhor desempenho durante as partidas.

O design de gomos também facilitava a produção: era mais fácil cortar pedaços pequenos de couro e costurá-los do que tentar moldar uma peça grande e única em formato esférico. Além disso, os gomos reduziam a tensão nos pontos de junção, aumentando a vida útil da bola.

A união de pentágonos e hexágonos também formava uma superfície mais esférica do que outras tentativas anteriores, criando uma bola quase perfeita para o futebol.

O surgimento do design clássico da bola de futebol

O formato mais famoso da bola de futebol, com 32 gomos (12 pentágonos e 20 hexágonos), ficou mundialmente conhecido com a introdução da Telstar, bola oficial da Copa do Mundo de 1970, no México.

A Telstar foi projetada não apenas para melhorar a performance, mas também para ser mais visível nas transmissões de televisão em preto e branco. O padrão em preto e branco com gomos distintos ajudava os telespectadores a acompanhar melhor a bola durante os jogos.

Esse design icônico se tornou o símbolo universal do futebol e influenciou a produção de bolas por décadas, mesmo com o surgimento de novas tecnologias e materiais.

A evolução moderna dos gomos

Com os avanços tecnológicos, o número de gomos nas bolas de futebol modernas diminuiu. Em vez dos tradicionais 32 gomos costurados, muitas bolas atuais têm entre 6 e 14 painéis, que podem ser colados em vez de costurados.

Essas mudanças visam melhorar ainda mais o desempenho: menor absorção de água, maior precisão nos passes e chutes, e maior aerodinâmica.

Apesar da redução no número de gomos e das inovações nos materiais, o conceito básico de montar a bola a partir de várias partes geométricas continua. A estrutura em gomos ainda é essencial para garantir que a bola mantenha sua forma esférica, resista às exigências do jogo moderno e proporcione o máximo de controle aos jogadores.

Uma tradição moldada pela inovação

O formato de gomos da bola de futebol nasceu da necessidade de criar um objeto mais simétrico, resistente e eficiente para a prática do esporte. Desde as bolas rudimentares de couro até as sofisticadas bolas de competição atuais, a evolução do design dos gomos acompanhou o crescimento do futebol em todo o mundo.

Seja em campos de várzea ou nas grandes arenas das Copas do Mundo, a bola de futebol com seus gomos é mais do que um instrumento de jogo: é um símbolo da paixão, da técnica e da história do esporte mais popular do planeta.

Cada passe, cada gol e cada grande jogada carregam, no giro da bola, um pedaço dessa história feita de inovação, tradição e emoção.

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